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Náutico quebra tabu de 4 anos e vence o Sport no Clássico dos Clássicos; Timbu enfrentará o Afogados nas quartas-de-final, Sport aguarda vencedor de Santa Cruz x Central

Última vitória alvirrubra, no tempo normal, havia sido em 2020

Cadastrado por

Victor Peixoto

Publicado em 24/02/2024 às 18:37 | Atualizado em 24/02/2024 às 19:16
Náutico vence o Sport na última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano - Jailton Gomes / JC Imagens

E deu Timbu no primeiro Clássico dos Clássicos de 2024! Em jogo válido pela última rodada do Campeonato Pernambucano 2024, o Náutico venceu o Sport neste sábado (24), nos Aflitos.

Como o resultado, o alvirrubro quebrou um tabu que já durava mais de quatro anos sem vencer o rival no tempo normal. A última vitória havia sido em 15 de fevereiro de 2020, pela Copa do Nordeste. 

Vale reforçar que, neste meio tempo, o Timbu foi campeão pernambucano em cima do Sport, em 2021. Mas, naquela ocasião, a vitória se deus no pênaltis, após dois empates em 1 x 1.

Em termos de classificação, o resultado não muda nada para o Leão, que já havia garantido o 1° lugar com seus 21 pontos somados e a classificação direta à semifinal. Com também vaga garantida na Copa do Brasil de 2025, o Sport enfrentará o vencedor de Santa Cruz x Central, que se enfrentarão no próximo domingo, 3 de março, no Arruda.

Já o Náutico, com a vitória do Retrô sobre o Flamengo de Arcoverde, terá que jogar as quartas-de-final. O Timbu enfrentará o Afogados, nos Aflitos, no próximo domingo, dia 2. Se vencer, enfrentará o Retrô na semifinal.

Náutico 1 x 0 Sport - Melhores Momentos - Campeonato Pernambucano - 24/02/2024

Veja como foi o Clássico dos Clássicos

Primeiro Tempo

A primeira melhor chance do clássico foi do Sport. Aos 6 minutos, Arthur Caíke recebeu pela esquerda, invadiu a área e saiu cara a cara com Vagner, mas, desequilibrado pela chegada da marcação, mandou por cima da meta alvirrubra.

Precisando do resultado e com mais "obrigação de vencer", não apenas por precisar da vitória para ter chances de garantir vaga direita na semifinal e melhores chances de se classificar para a Copa do Brasil do próximo, mas também por jogar em casa contra o time reserva do rival, o Náutico acelerou o ritmo e impôs uma blitz no campo de defesa do Sport, que falhava em armar contra-ataques, forçando, e errando, muitas tentativas de ligação direta.

A tal blitz alvirrubra assustou por três vezes num intervalo de três minutos. As duas primeiras aos 14 minutos.

Uma delas com Patrick Allan, que mandou rente à trave de Thiago Couto após desvio na zaga e, na sequência, com Júlio César, que mandou uma bomba de fora da área, forçando boa defesa do goleiro rubro-negro, que se esticou para defender.

Aos 17, Paulo Sérgio tentou um golaço de bicicleta, mas mandou em cima de Alisson Cassiano, que mandou pra escanteio.

O plástico lance do camisa 9 alvirrubro, mesmo que não tenha chegado no gol, animou o torcedor do Náutico e indicava que a temperatura do jogo só iria subir, mas não foi o que aconteceu.

Tal como em outros jogos na temporada, o ataque alvirrubro demonstrou pouca criatividade para encontrar alternativas de furar o bloqueio do time adversário. Em contrapartida, o Sport, sem referência no ataque, também não conseguia assustar, embora também não sofresse mais.

O primeiro tempo só voltou a esquentar aos 31 minutos. Kauan Santos, fez boa jogada pela esquerda e invadiu a área, mas na hora que ia tocar para trás para finalização de Paulo Sérgio, acabou cortado por um belo e arriscado, mas providencial carrinho de Fabinho, que mandou para esscanteio.

Na cobrança, Joécio subiu mais alto que toda a zaga do Sport e cabeceou firme no canto oposto de Thiago Couto, que, vendido no lance, só assistiu a bola passar renta à sua trave esquerda.

Depois de muito tempo sem assustar a zaga alvirrubra, o Leão chegou aos 36 minutos. Fábio Matheus fez grande jogada pela esquerda e rolou para trás para Ítalo, que buscou o ângulo esquerdo, mas acabou mandando pra fora naquele que seria a última boa chegada dos primeiros 45 minutos.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, Mariano Soso promoveu se mostrou insatisfeito com o que havia visto no primeiro tempo e promoveu três mudanças no time rubro-negro. Saíram Fábio Matheus, Riquelme e Ítalo e entraram Romarinho, Felipinho e Lucas André.

Já do lado do Náutico, Allan Aaal buscou, tal como em tantos outros jogos nesta temporada, a melhora do time com mudança nas pontas, desta vez, com apenas uma substituição: Leandro Barcia no lugar de Kauan Santos.

O uruguaio entrou bem e o Timbu passou a criar bastante pelo lado direito de ataque, de onde sairiam suas melhores chances, inclusive a que originaria o gol da vitória no clássico.

Duas delas com Paulo Sérgio, aos 4 e aos 7 minutos. Na primeira, o camisa 9 preferiu dominar ao chutar de primeira e acabou deixando a bola escapar para linha de fundo, mas não sem antes conseguir um cruzamento perigoso para área, cortado pela zaga do Sport.

Na segunda, o atacante mostrou sua qualidade e experiência, fazendo um belo pivô em cima do jovem zagueiro Renzo e girou ficando de frente pro gol. Na finalização, no entanto, acabou tirando demais de Thiago Couto, que só torceu vendo a bola tirar tinta da trave. 

O gol do Náutico saiu numa jogada onde o time fez o que o torcedor tanto cobra na temporada, uma boa triangulação, que começou com Arnaldo, passou por Leandro Barcia e terminou com Patrick Allan, que recebeu livre de marcação na "quina" da grande área.

Com tempo para dominar e pensar, o camisa 20 acertou um lindo chute buscando o ângulo oposto de Thiago Couto e ainda contou com leve desvio em Alisson Cassiano para tirar qualquer chance de defesa do goleiro rubro-negro e abrir o placar no Clássico dos Clássicos. 

Logo após o gol sofrido, Mariano Soso deu ainda mais cara de "time titular" ao Sport e acionou as entradas de Leandro Castán e Lucas Lima nos lugares de Renzo e Arthur Caíke, que não fizeram uma boa partida nos Aflitos.

Com apenas três minutos em campo, o camisa 19 rubro-negro achou grande passe para Pedro Vilhena, que saiu de frente pro gol e tentou uma cavadinha, mas parou em grande defesa de Vagner, que se agigantou na frente do meia do rival.

Com o susto e sem Leandro Barcia, que teve que deixar o campo para entrada Danilo Belão após sentir uma lesão, o Náutico baixou suas linhas e diminui o espaço para o Sport trabalhar a bola depois do meio-campo, conseguindo resistir com sucesso à maioria das investidas do adversário. 

O Sport só voltaria a a chegar com perigo aos 36 minutos. Romarinho bateu firme da entrada da área, parando em mais uma grande defesa da Vagner. No rebote, Felipinho encheu o pé, mas mandou pra fora.

Três minutos depois, aos 39, Pablo Dyego recebeu nas costas da zaga alvirrubra e mandou pro meio da área, mas parou em bloqueio de Rafael Vaz. Mesmo tentando bastante, esta seria a última "boa" chance rubro-negra no clássico. 

Ficha do jogo - Náutico 1 x 0 Sport

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