Em uma nova batalha jurídica, o Sport foi condenado a pagar o valor de R$ 3.018.472,69 ao atacante colombiano Santiago Tréllez. Segundo informações antecipadas pelo ge, a quantia se refere a salários, verbas rescisórias, FGTS e outros direitos trabalhistas do atleta, que defendeu o Leão em 2021.
A decisão, proferida pelo juiz Sérgio Paulo de Andrade Lima, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, terá impacto direto na Recuperação Judicial do clube pernambucano.
Tréllez disputou 39 partidas pelo Leão, marcando um gol e dando uma assistência. Atualmente, o atacante defende o Deportivo Pasto, na Colômbia.
Detalhes da condenação:
Tréllez, emprestado pelo São Paulo na época, deveria receber metade do salário de R$ 280 mil do Sport, entre março e novembro de 2021. O clube, no entanto, não honrou seus compromissos, o que resultou na cobrança judicial.
Após diversos trâmites legais, a sentença transitou em julgado na semana passada, com os valores definitivos fixados em aproximadamente R$ 3 milhões.
Recuperação Judicial em jogo:
- Pagamento via RJ: O Sport, por meio de seu diretor jurídico João Guilherme Ferraz, já adiantou que o pagamento da dívida a Tréllez será realizado dentro do processo de Recuperação Judicial do clube.
- Confirmação da defesa: O advogado do jogador, Leonardo Laporta, também corroborou essa informação, afirmando que o processo será submetido às regras da RJ após a homologação dos cálculos do perito.
- Plano de Recuperação pendente: O plano de Recuperação Judicial do Sport, que prevê um deságio de 80% nas dívidas, ainda precisa ser aprovado em Assembleia Geral de Credores, cuja data ainda não foi definida.
- Outras pendências: Vale lembrar que o clube também enfrenta outras condenações trabalhistas, como a de R$ 5,8 milhões ao atacante Neilton, ainda com recurso pendente.
A condenação de Tréllez aumenta a pressão sobre o Sport, que busca soluções para sanar suas dívidas e se reestruturar financeiramente. A Recuperação Judicial surge como uma alternativa para evitar a falência, mas exige um plano consistente e a aprovação dos credores.