Em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (22) o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o Brasil não vai adotar testagens em massa da população para monitorar o avanço do coronavírus. O chefe da pasta da Saúde usou como exemplos países como a Itália e a Coreia do Sul.
>> General Eduardo Pazuello é o novo secretário-executivo do Ministério da Saúde
>> Brasil tem 25.318 pessoas curadas do novo coronavírus
>> Coronavírus: Pernambuco ultrapassa a marca de mil profissionais de saúde infectados
>> Recife anuncia abertura de 50 novos leitos para pacientes com novo coronavírus; 20 são de UTI
"Não tem fórmula mágica, não tem teste em massa. Se vocês imaginarem a Coreia do Sul, que é uma referência, eles fizeram 11 mil testes por milhão de pessoas. Isso não é teste da população. Isso não é teste em massa. O que você tem que fazer quando você usa o teste é mapear a população de tal forma para que a tua amostra reflita a população", disse o ministro.
Para Teich, saber interpretar os dados para tomar decisões vai ser o diferencial. "Na verdade, o que importa não é você testar. O que importa é como é que você conduz de acordo com o que você tem a partir do teste", alegou o ministro da Saúde
Usando a Coreia do Sul e a Itália como exemplos, Teich informou que "eles (Coreia) fizeram 11 mil testes por milhão de pessoas. A Itália, por exemplo, fez 25 mil [por milhão], mais que o dobro da Coreia, e a Itália foi aquele desastre. O que importa não é testar, e sim a maneira que você conduz [a política] a partir das respostas que você tem com os testes", acrescentou.
Todos os dias, de domingo a domingo, sempre às 20h, o Jornal do Commercio divulga uma nova newsletter diretamente para o seu email sobre os assuntos mais atualizados do coronavírus em Pernambuco, no Brasil e no mundo. E como faço para receber? É simples. Os interessados podem assinar esta e outras newsletters através do link jc.com.br/newsletter ou no box localizado no final das matérias.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.