O ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu nesta terça-feira, 28, o agravamento da crise do novo coronavírus, com a escalada de casos e mortes da covid-19 em diversas regiões do Brasil, que superou a China em vítimas. O ministro silenciou sobre campanha permanente do presidente Jair Bolsonaro para acabar com medidas de isolamento social.
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Em uma declaração de apenas 16 minutos à imprensa, respondendo somente a quatro perguntas previamente selecionadas, o ministro citou as cidades de Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo como os locais que mais preocupam. Ele repetiu que o Brasil tem diferentes quadros da doença, que merecem tratamentos específicos.
Ao mesmo tempo em que Teich falava por videoconferência no Ministério da Saúde, em uma coletiva anunciada às pressas, nem meia hora antes de ocorrer, o presidente Jair Bolsonaro repetia a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que deseja o fim das quarentenas no Brasil. Ele disse que tem conversado com associações da indústria sobre o tema, mas afirmou que quem decide sobre assuntos de saúde é o ministro.
Teich reconheceu que a "situação é difícil" e afirmou que o governo federal trabalha para "dar suporte aos Estados e municípios".
O general Eduardo Pazuello, que será nomeado secretário-executivo do Ministério da Saúde, afirmou que o País deve priorizar envio de respiradores, leitos e equipamentos de proteção a locais mais atingidos pelo vírus. "Mudou a prioridade", disse ele, sem explicar o que efetivamente foi alterado, dado que o ministério já vinha concentrando esforços, logicamente, nas regiões que mais precisam de apoio de pessoal, equipamentos e suprimentos.
Mais cedo, Teich foi cobrado por governadores do Norte sobre atrasos para entrega de produtos contra a covid-19. Pazuello disse que 185 respiradores serão enviados na quarta-feira, 29, a Estados que atravessam um cenário mais difícil neste momento.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.