"Gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide não sou eu", diz Bolsonaro

Bolsonaro ainda disse que quem decidia eram os governadores e prefeitos
JC
Publicado em 01/05/2020 às 10:49
A declaração foi dada durante uma transmissão ao vivo da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) Foto: EVARISTO SA/AFP


Em um recado sobre o Dia do Trabalhador, comemorado nesta sexta-feira (1º) o presidente Jair Bolsonaro disse que gostaria que a população voltasse a trabalhar, mas emendou que quem decide a questão, no entanto, são os governadores e prefeitos. A declaração foi dada durante uma transmissão ao vivo da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que entrou no Palácio da Alvorada nesta manhã com cerca de 20 pessoas. Segundo ela, são agricultores que foram agradecer Bolsonaro por "todo esforço" em favor do agronegócio.

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"Gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu, são governadores e prefeitos. Então, um bom dia a todos. O Brasil é um País maravilhoso, eu tenho certeza, com Deus acima de tudo, que brevemente voltaremos à normalidade", completou Bolsonaro.

Na realidade, como já disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, não houve paralisação do trabalho no campo e os agricultores colhem, neste ano, uma safra recorde do País.

Batalha com governadores e prefeitos


O presidente trava uma batalha com governadores e prefeitos sobre as medidas de isolamento para conter a disseminação do novo coronavírus. Nessa quinta (30) o presidente acusou os executivos locais de não "achatarem a curva" de contágio da covid-19. Na mesma noite, o ministro da Saúde, Nelson Teich, mudou completamente o tom sobre os planos de flexibilizar o isolamento e afirmou que o momento é impróprio, dado o avanço crescente de mortes e contaminações em todo o País.

Ataques à imprensa


Na live, o presidente voltou a agredir a imprensa, como tem feito reiteradamente. Pediu que ninguém mais chamasse a rede Globo de "lixo", porque "lixo é reciclável". "Não quero mais que ninguém chame a Globo de lixo, lixo é reciclável", disse sobre a emissora, alvo de críticas frequentes de Bolsonaro.

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