Com informações do Correio Braziliense e G1 DF
A Polícia Civil encontrou, nesta sexta-feira (10), um tubarão em um criadouro ilegal de animais exóticos localizado dentro de uma casa em Vicente Pires, no Distrito Federal. Fontes policiais informaram ao jornal Correio Braziliense que o caso pode ter relação com o do estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkuhl, que mantinha uma naja sem permissão e foi picado pela cobra nessa terça-feira (7).
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O especialista em tubarões Rodrigo Barreto do Instituto Chico Mendes de Itajaí, Santa Catarina, informou ao G1 DF que trata-se de um tubarão-lixa, espécie considerada ameaçada de extinção. "É uma espécie ameaçada, mas é possível ter autorização para ter em aquário. Mas, tem toda uma série de pré-requisitos", disse ao portal.
Uma denúncia anônima levou os policiais ao criadouro. O dono da casa não apresentou nenhum documento para a criação de animais exóticos. Segundo o Correio, a polícia acredita que a casa onde o animal estava é de um dos amigos do estudante. No local, além do tubarão, foram encontrados outros animais aquáticos, cobras e aves exóticas.
O estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul foi picado pelo animal foi picado pela naja na terça-feira (7), na casa onde mora no Distrito Federal. Segundo investigações da Polícia Civil, o jovem criava e mantinha o animal em residência sem permissão. A multa aplicada pelo Ibama nesses casos pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil, e ser aplicada ao criador ou ao proprietário da residência onde estava o animal.
Pedro Henrique deve receber alta neste sábado (11) da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, na cidade do Gama, localizada a 37 km de Brasília. Nessa quinta-feira (9), ele teve o suporte ventilatório retirado e acordou do coma induzido.
O soro antiofídico necessário para a anulação do veneno veio pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e chegou a Brasília na noite de terça-feira (7). A substância estava estocada para eventuais acidentes com pesquisadores que realizam estudos com o animal na instituição, como informou o Butantan por meio de nota oficial.
A naja foi encontrada em Brasília, perto de um shopping da capital. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, diversas equipes do Batalhão Ambiental foram deslocadas para as buscas. A cobra estava em uma caixa atrás de um monte de areia e foi levada para o zoológico da capital federal.
A naja, de 1,5 metro, é um tipo de cobra exótica, de uma espécie não encontrada no Brasil, mas na Ásia e na África, e não tem a posse permitida como animal de cativeiro. Ela pode matar pelo veneno liberado em suas picadas, não havendo soro no país para imunização.
Serpentes encontradas
Nessa quinta-feira (9), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental encontrou, em uma área rural de Planaltina, que fica a cerca de 40 quilômetros de Brasília, mais 16 serpentes escondidas em caixas. Segundo a corporação, a descoberta têm relação com a naja encontrada anteriormente.
A operação foi motivada por uma denúncia anônima. O dono da chácara onde as serpentes foram encontradas informou que não sabe como os animais foram parar ali. As serpentes também serão encaminhados ao Ibama.