Depois de cobra naja, polícia encontra tubarão em criadouro ilegal no Distrito Federal

O tubarão estava em um criadouro ilegal de animais exóticos. Fontes policiais informaram ao jornal Correio Braziliense que o caso pode ter relação com o do estudante que mantinha uma naja em casa sem permissão
Agência Brasil
Publicado em 10/07/2020 às 21:47
Polícia encontrou o tubarão após denúncia anônima Foto: POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO


Com informações do Correio Braziliense e G1 DF

A Polícia Civil encontrou, nesta sexta-feira (10), um tubarão em um criadouro ilegal de animais exóticos localizado dentro de uma casa em Vicente Pires, no Distrito Federal. Fontes policiais informaram ao jornal Correio Braziliense que o caso pode ter relação com o do estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkuhl, que mantinha uma naja sem permissão e foi picado pela cobra nessa terça-feira (7).

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O especialista em tubarões Rodrigo Barreto do Instituto Chico Mendes de Itajaí, Santa Catarina, informou ao G1 DF que trata-se de um tubarão-lixa, espécie considerada ameaçada de extinção. "É uma espécie ameaçada, mas é possível ter autorização para ter em aquário. Mas, tem toda uma série de pré-requisitos", disse ao portal.

Uma denúncia anônima levou os policiais ao criadouro. O dono da casa não apresentou nenhum documento para a criação de animais exóticos. Segundo o Correio, a polícia acredita que a casa onde o animal estava é de um dos amigos do estudante. No local, além do tubarão, foram encontrados outros animais aquáticos, cobras e aves exóticas.

Estudante picado por naja no Distrito Federal

O estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul foi picado pelo animal foi picado pela naja na terça-feira (7), na casa onde mora no Distrito Federal. Segundo investigações da Polícia Civil, o jovem criava e mantinha o animal em residência sem permissão.  A multa aplicada pelo Ibama nesses casos pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil, e ser aplicada ao criador ou ao proprietário da residência onde estava o animal.

Pedro Henrique deve receber alta neste sábado (11) da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, na cidade do Gama, localizada a 37 km de Brasília. Nessa quinta-feira (9), ele teve o suporte ventilatório retirado e acordou do coma induzido. 

O soro antiofídico necessário para a anulação do veneno veio pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e chegou a Brasília na noite de terça-feira (7). A substância estava estocada para eventuais acidentes com pesquisadores que realizam estudos com o animal na instituição, como informou o Butantan por meio de nota oficial.

A naja foi encontrada em Brasília, perto de um shopping da capital. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, diversas equipes do Batalhão Ambiental foram deslocadas para as buscas. A cobra estava em uma caixa atrás de um monte de areia e foi levada para o zoológico da capital federal.

 
 
 
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O Zoo de Brasi?lia recebeu, ontem (8), um exemplar da serpente naja de mono?culo, espe?cie origina?ria da A?sia. ????????? O indivi?duo foi resgatado pelo Ibama apo?s um grave acidente, no Distrito Federal, envolvendo um estudante de medicina veterina?ria. ????????? Trata-se de um animal de alto risco, por ser uma das espe?cies mais perigosas em relac?a?o a? pec?onha, e por na?o ter, ate? o momento, em territo?rio nacional, soro antiofi?dico. ????????? Ressaltamos ainda que, exceto ser extremamente necessa?rio, nenhum manejo sera? feito com a serpente, visando a seguranc?a tanto da equipe quanto do animal. ????????? O Zoolo?gico de Brasi?lia lamenta o ocorrido e se solidariza com a fami?lia e os amigos da vi?tima. ????????? No vi?deo, o diretor de re?pteis do Zoo, @cadu.bio , explica um pouco sobre a espe?cie.

Uma publicação compartilhada por Zoolo?gico de Brasi?lia (@zoobrasilia) em

A naja, de 1,5 metro, é um tipo de cobra exótica, de uma espécie não encontrada no Brasil, mas na Ásia e na África, e não tem a posse permitida como animal de cativeiro. Ela pode matar pelo veneno liberado em suas picadas, não havendo soro no país para imunização.

Serpentes encontradas

Nessa quinta-feira (9), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental encontrou, em uma área rural de Planaltina, que fica a cerca de 40 quilômetros de Brasília, mais 16 serpentes escondidas em caixas. Segundo a corporação, a descoberta têm relação com a naja encontrada anteriormente.

A operação foi motivada por uma denúncia anônima. O dono da chácara onde as serpentes foram encontradas informou que não sabe como os animais foram parar ali. As serpentes também serão encaminhados ao Ibama.

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