Trainee só para negros do Magazine Luiza é um dos assuntos mais comentados do Twitter

Mesmo com a polêmica criada pela exclusividade das vagas para os negros, a empresa garantiu que vai manter a seleção da maneira que foi pensada
JC
Publicado em 20/09/2020 às 20:41
Vagas para negros em início de carreira Foto: DIVULGAÇÃO


O Magazine Luiza está entre os assuntos mais comentados do Twitter desde este sábado (19) , desde que publicou em sua página na sexta-feira (18) a decisão de fazer a seleção do programa Trainee 2021 exclusivamente para negros. É a primeira vez que a empresa adota a iniciativa, alegando a necessidade de "consolidar a diversidade na empresa". ">

A partir daí, a polêmica ganhou força, com pessoas comemorando a iniciativa e outras criticando. Na guerra de argumentos, os que são contra acusam a Magalu de estar praticando racismo contra os brancos. Os que são a favor, defendem que outras empresas repliquem a iniciativa e abram espaço para os negros em início de carreira no mercado de trabalho.  

Mesmo recebendo críticas e apoio, o Magazine Luiza afirmou que vai manter o programa só para negros. O também polêmico presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, faz coro às acusações de racismo. "Magazine Luiza terá que instituir Tribunal Racial no seu RH para evitar que pardos e brancos consigam fraudar o processo seletivo que é exclusivo para pretos. Portanto, terá que fazer a análise do fenótipo dos candidatos, prática identificada com o nazismo."

Entre o que criticaram o protesto também estão os deputados federais Carlos Jordy (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ). Eles argumentam que a iniciativa não teria respaldo legal. Jordy afirma que vai apresentar representação ao Ministério Público para que o programa investigado pelo suposto crime de racismo. 

RESPOSTA

O deputado foi respondido pela Magalu pela rede social: "Estamos absolutamente tranquilos quanto a legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho", diz. 

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