Vice-governador do Rio Grande do Sul define agressão a homem negro no Carrefour como "horripilante"

A empresa emitiu nota se retratando pelo caso e prometendo mudanças em relação à conduta de seus funcionários
Jorge Nunes
Publicado em 20/11/2020 às 13:10
Carrefour Brasil confirmou, nesta quarta-feira (13), o início de negociação Foto: AFP / Vanderlei Almeida


O vice-governador e secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), definiu como "horripilantes" as imagens do espancamento ao homem negro cometido no Carrefour de Porto Alegre. A agressão foi causada por um segurança do supermercado e por um policial temporário. O homem morreu no local, enquanto os agressores foram presos. Conforme matéria do UOL.

O vice-governador publicou em seu twitter:"Vamos apurar esse fato a sua exaustão, não podemos admitir ações dessa natureza. As imagens são horripilantes, a Segurança Pública de nosso estado fará tudo para o seu total esclarecimento". Mesmo estando afastado devido ao resultado positivo para a covid-19, ele afirmou que está em contato com a Brigada Militar para acompanhar o caso mais de perto.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também repudiou a atitude, e prometeu que o caso seria investigado pelas autoridades locais.

"Infelizmente, nesta data em que deveríamos celebrar políticas públicas e avanços na luta por igualdade racial, deparamos com cenas que nos deixam indignados pelo excesso de violência que levou à morte de um cidadão negro", disse Leite. "Aos familiares e amigos da vítima, o João Freitas, toda nossa solidariedade e a certeza de que a investigação será rigorosa para que haja consequência deste ato lamentável", completou. 

As imagens da agressão contra o homem estão circulando na internet desde a noite dessa quinta-feira (19), e gerando repulsa naqueles que assistem. A vítima do caso é João Alberto Silveira Freitas, que teria discutido com uma caixa do supermercado, foi encaminhado para o andar inferior do estabelecimento por um segurança com a companhia de um policial militar, ao chegar no local o espancamento de João Alberto começou.

A polícia prendeu o segurança e o policial temporário, suspeitos de cometerem homicídio doloso, que é quando há intenção de matar. A polícia aguarda imagens de mais algumas câmeras e o laudo pericial para poder concluir o caso, caso este que está sendo conduzido pela 2ª DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).

A Brigada Militar emitiu nota informando que prendeu os homens, e disse que iria investigar a conduta do policial temporário que não estava em horário de serviço.

O Carrefour por sua vez emitiu uma nota afirmando ter rompido com a empresa de segurança qual o segurança envolvido no caso trabalha, e disse ainda que a loja onde o fato ocorreu seria fechada.

TAGS
brasil Rio Grande do Sul Racismo
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory