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Covid-19: Laboratórios da Índia asseguram exportação de vacinas e aliviam o Brasil

Anteriormente, CEO de laboratório disse que não haveria permissão do governo local para o fornecimento global do imunizante

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Estadão Conteúdo

Publicado em 05/01/2021 às 9:59 | Atualizado em 05/01/2021 às 10:19
A previsão é receber o registro da Anvisa até fevereiro e, na sequência, liberar as doses já fabricadas - JUSTIN TALLIS/AFP
Os laboratórios Serum Institute e Bharat Biotech, da Índia, emitiram nota conjunta na manhã desta terça-feira (5) assegurando o fornecimento global de vacinas contra a covid-19 produzidas no país. O comunicado vem após o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, afirmar, no último domingo (3), que não haveria permissão do governo local para a exportação dos imunizantes. A fala suscitou preocupações no Brasil, já que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com Universidade de Oxford, principal aposta do Ministério da Saúde para imunização dos brasileiros, é fabricada em solo indiano.
 
>> Fiocruz tenta reverter veto da Índia a exportação e garantir vacinação em janeiro
 
"As duas companhias comunicam a intenção conjunta de desenvolver a produção e fornecimento de vacinas contra a covid-19 para a Índia e o mundo", diz a nota. "Vacinas são um bem de saúde pública global e têm o poder de salvar vidas e acelerar o retorno da economia à normalidade o mais cedo possível", acrescenta. Não há citação específica, contudo, ao imunizante da AstraZeneca e da Oxford.
 
"Pai" da polêmica, Poonawalla compartilhou o comunicado dos laboratórios em seu Twitter e chamou o suposto veto à exportação das vacinas de "falha de comunicação". "As exportações de vacinas são permitidas para todos os países. (...) Estamos todos unidos na luta contra esta pandemia", publicou.
 
A possibilidade de veto à exportação por parte do governo indiano preocupou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que articula a importação de 2 milhões de doses prontas do imunizante. O Itamaraty chegou a ser acionado para tentar reverter a situação junto a Nova Délhi, como informou nesta segunda-feira o Estadão/Broadcast.
 

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