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Avião que sairia do Recife para buscar vacina contra covid-19 na Índia levará oxigênio a Manaus

De acordo com a Azul Linhas Aéreas, o Airbus A330neo será carregado com cilindros de oxigênio em Campinas, São Paulo, neste sábado (16), e partirá para Manaus

Cadastrado por

JC

Publicado em 15/01/2021 às 23:28 | Atualizado em 16/01/2021 às 4:38

Com o adiamento do voo que sairia do Recife para buscar dois milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford em Mumbai, na Índia, o Airbus A330neo irá levar cilindros de oxigênio para Manaus, no Amazonas, neste sábado (16). A informação foi divulgada pela Azul Linhas Aéreas na noite desta sexta-feira (15).

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A aeronave, que chegou ao Recife na noite dessa quinta-feira (14), decolará para Campinas, no estado de São Paulo e, neste sábado (16), será carregada com cilindros de oxigênio e seguirá para Manaus. Segundo a companhia aérea, a aeronave levará sua capacidade máxima para esse tipo de carga.

 

 

“Nossa intenção é ajudar o Brasil e os brasileiros e não mediremos esforços para oferecer apoio logístico no transporte de matérias para o combate à covid-19. Estamos prontos para voar à Índia e também para transportar o que for necessário dentro do Brasil no intuito de ajudar o país na atual situação”, disse John Rodgerson, presidente da Azul.

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Após Índia não confirmar entrega, voo que sairia do Recife para buscar vacina contra a covid-19 é adiado

O voo da Azul que sairia do Recife, na noite desta sexta-feira (15), em direção à Mumbai, na Índia, para buscar 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra covid-19 foi adiado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que 'pressões políticas' na Índia, que está começando sua campanha de imunização, retardaram a operação. Segundo ele, o avião partirá em dois ou três dias.

"Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Só que hoje está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Então, resolveu-se, não foi decisão nossa, atrasar um ou dois dias, até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. No meu entender, daqui a dois, três dias, no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas", disse Bolsonaro em entrevista à TV Bandeirantes, nesta sexta-feira (15).

O Ministério das Relações Exteriores tinha dito que a dificuldade era "puramente logística", ou seja, não haveria veto da Índia para a exportação das doses, produzidas pelo laboratório indiano Serum. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, telefonou na noite de quinta-feira (14) ao chanceler da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e reiterou o pedido para importação da vacina. Segundo o Itamaraty, o governo indiano mostrou "boa vontade" em liberar a carga, mas apontou "dificuldades logísticas".

A distribuição da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca é a aposta do governo federal para abrir a campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil na próxima quarta-feira (20), caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso emergencial do imunizante. Há ainda 6 milhões de doses da Coronavac, já armazenadas no País, disponíveis para janeiro.

No plano inicial, a aeronave iria decolar do Recife na quinta-feira (14) mas o voo já havia sido adiado por "problemas logísticos internacionais", segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A aeronave, então, deixou o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, no final tarde dessa quinta-feira (14) e chegou à noite ao Recife.

O avião que partirá em direção à Índia é um Airbus A330neo, maior aeronave da frota da Azul, e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses, de acordo com as recomendações do fabricante. O avião percorrerá cerca de 15 mil quilômetros até o destino final.

 

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