Mãe e padrasto do serial killer Lázaro trabalhavam na chácara do sogro do delegado-geral da Polícia Civil do DF
Informação foi dada pelo próprio delegado, que afirmou ainda que a mulher e o homem foram embora do local um dia após Lázaro matar quatro pessoas de uma mesma família
Com informações do Correio Braziliense
A mãe e o padrasto do homem mais procurado do Brasil atualmente, Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, trabalhavam na chácara do sogro do delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido, de acordo com o próprio líder da corporação. Segundo ele, Eva Maria Sousa e Léim (apelido) foram embora do local, em Girassol, em Goiás, na última quinta-feira (17), um dia após Lázaro matar quatro pessoas de uma mesma família.
“O próprio Lázaro fez trabalhos lá, de gado e de pasto. Realmente é um cara do mato, conhece bem toda a região, conhece detalhes. Parecia uma pessoa normal nos contatos”, declarou Robson Cândido. Ainda segundo o delegado, tanto ele quanto a família estão surpresos com o terror causado por Lázaro nos últimos dias.
O delegado-geral da Polícia Civil também afirmou que nunca teve acesso a informações sobre a ficha criminal e antecedentes criminais de Lázaro. “Não suspeitava. A família não imaginava que fosse pessoa com tanta periculosidade”, finalizou.
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Nono dia de caça
A perseguição a Lázaro Barbosa entrou no nono dia nesta quinta-feira (17), mobilizando centenas de policiais. Apesar do secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Rocha Miranda, ter dito nessa quarta-feira (16) que era "uma questão de horas" até a captura acontecer, o homem segue foragido.
Lázaro é procurado no povoado de Edilândia, no município de Cocalzinho de Goiás, na região do entorno do DF. Em entrevista a jornalistas na tarde dessa terça-feira (16), Rodney afirmou que o fugitivo foi visto por uma pessoa. "O morador descreveu ele e as roupas e bateu com as características físicas dele. Ele está onde a gente achava que estava", relatou. Segundo o secretário, ele teria passado a noite em uma casa abandonada. Uma roupa ensanguentada foi enviada para exame de DNA.
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Miranda declarou que as equipes estão "apertando o perímetro" do fugitivo. "Tivemos reforço da Polícia Federal. Cada um está com a sua missão. Cada um tem o seu dever, a sua área. Agora a tarde chegou a informação de que ele foi visto em uma determinada região", disse. "É uma região acidentada, ele conhece bem. A gente está conhecendo cada dia mais o relevo e as peculiaridades, assim como os padrões dele", detalhou.
Mais cedo, secretário garantiu que as equipes só deixarão a região de Cocalzinho de Goiás após a captura do foragido. A operação de busca é uma força-tarefa montada entre a SSP-GO e a SSP-DF, com apoio das polícias Rodoviária Federal e Federal.
"Não vamos sair do local enquanto não achá-lo. Não vamos deixar desguarnecida a nossa população. Precisamos controlar a ansiedade. Ele vai ser pego. Ontem nós chegamos muito perto e hoje vamos pegá-lo”, destacou Miranda.
"Nós temos equipes 24 horas por dia fazendo os cercos e dando proteção para os moradores", disse. "Estamos nos reorganizando. Temos uma área um pouco menor para trabalhar. Não estamos descartando nenhuma informação que tem chegado. Tudo indica que ele ficou na mesma região", acrescentou.
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Nessa terça-feira (15), Lázaro fez uma família refém, mas foi surpreendido pela polícia. Houve troca de tiros, mas o suspeito conseguiu fugir novamente. Os três reféns estão bem. Na ação, um policial militar foi atingido de raspão no rosto e encaminhado de helicóptero para o Hospital de Anápolis. O policial recebeu alta e passa bem.
Lázaro é suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família na última quarta-feira numa chácara do DF. Uma quinta vítima teria sido feita em Goiás. Ele ainda é investigado de balear três pessoas no último sábado, também no município de Cocalzinho de Goiás, onde se concentram as buscas. Ele já tem uma condenação por homicídio no Estado da Bahia e é também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.
Existem três ordens de prisão contra Lázaro Barbosa, uma na Bahia e outras duas no Distrito Federal. Ele estava preso em Águas Lindas de Goiás, mas conseguiu fugir em 2018.