Um novo caso suspeito de fungo preto foi identificado em Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Saúde do estado informou que um paciente de 71 anos, com diabetes e hipertensão, testou positivo para covid-19 e está com suspeita de mucormicose no olho esquerdo.
Este é o terceiro caso suspeito desde a semana passada. Os outros são de um paciente com covid-19 em Santa Catarina e de um que morreu no Amazonas. Nesse caso, a pessoa tinha 56 anos , sofria de diabetes tipo 2 e teve resultado negativo no teste para covid-19.
A mucormicose, chamada também de fungo preto, ganhou destaque no noticiário dos últimos dias pelo registro de mais de 9 mil casos na Índia, que têm sido associados ao novo coronavírus no país asiático.
A doença pode matar em 50% das infecções, e geralmente é preciso passar por cirurgia para retirar a parte afetada pelo microrganismo.
Segundo o médico Marcus Guerra, diretor-presidente da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, do Amazonas, trata-se de um fungo raro, que acomete pacientes com doenças preexistentes ou que fazem uso de medicamentos que baixam a imunidade.
Apesar de o fungo poder se aproveitar da covid-19 para se desenvolver, Marcus Guerra considera baixa a possibilidade de um surto da doença no Brasil, como está ocorrendo na Índia.
Para evitar contrair o chamado fungo preto, a recomendação é higienizar bem os alimentos e usar sempre luvas e máscaras na hora de limpar ambientes úmidos.
De acordo com Guerra, o sucesso do tratamento contra o fungo preto depende da condição de saúde prévia do paciente e da administração correta de medicamentos intravenosos.