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No Brasil, 16 Estados e Distrito Federal já notificaram casos da variante delta
Entre esses casos, 50 óbitos foram confirmados para a variante
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Estadão Conteúdo
Publicado em 25/08/2021 às 14:51
| Atualizado em 25/08/2021 às 14:54
O Brasil chegou nesta terça-feira, 24, a 1.405 casos confirmados da variante Delta do novo
coronavírus, informou o Ministério da Saúde. O número é 33% maior do que o total de diagnósticos positivos notificados até uma semana atrás (1.051). Ao todo, a cepa já está presente em 16 Estados e no Distrito Federal e resultou em 50 mortes no País, 21% a mais do que o total há uma semana. Identificada originalmente na Índia, a cepa é mais transmissível e tem colocado especialistas em alerta.
Além do Distrito Federal, os 16 Estados que registraram casos positivos da variante até o momento são: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Entre esses casos, 50 óbitos foram confirmados para a variante. Eles ocorreram no Distrito Federal, que registrou quatro mortes, e em oito Estados: Goiás (1), Maranhão (1), Minas Gerais (2), Paraná (19), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (10), Rio Grande do Sul (11) e Santa Catarina (1).
"Cabe ressaltar que os dados são atualizados a partir das notificações das secretarias estaduais de saúde e são dinâmicos", informou o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, os números podem sofrer alterações após investigação feita pelas gestões locais. "A pasta tem reforçado a orientação para Estados e municípios, quanto ao sequenciamento genético, notificação imediata, rastreamento e isolamento dos casos e contatos, além de outras ações de prevenção", acrescentou o ministério.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rogério Cruz, disse ao Estadão/Broadcast esta semana que o sequenciamento genético tem mostrado aumento da variante delta no Brasil, o que tem de ser observado com muita atenção. "Não podemos cravar que isso signifique uma 3ª onda. De toda forma, é necessário cautela", disse. "Por isso, a recomendação do ministério é pela continuidade das medidas não-farmacológicas, utilização das máscaras, higienização constante das mãos, preferência por ambientes arejados sempre que possível, além, claro, da vacinação, para que possamos passar essa fase, essa preocupação da variante delta sem muito problema", completou.
Embora seja mais transmissível, ainda não há evidências científicas de que a delta esteja associada à maior gravidade da doença. O avanço da variante, no entanto, coloca mais pressão para a agilidade da vacinação. Pesquisas já demonstraram que as vacinas usadas no Brasil - Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen - funcionam contra a delta, mas são necessárias duas doses.
Um estudo preliminar realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças e pela Escola de Saúde Pública em Guangdong, na China, apontou que quatro vacinas de vírus inativado, entre elas a Coronavac, oferecem proteção contra quadros graves da covid-19 causados pela variante delta. Os demais imunizantes aplicados na China testados foram as vacinas HB02 e WIV04, da Sinopharm, e a BICV, da Biokangtai.