PROGRAMA SOCIAL

Roma: Auxílio Brasil deve ser de R$ 300 por mês e atingir 17 milhões de pessoas

O valor citado pelo ministro da Cidadania, João Roma, é maior do que a média que o Bolsa Família paga atualmente que é, em média, R$ 190

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Estadão Conteúdo, Angela Fernanda Belfort

Publicado em 17/10/2021 às 21:58 | Atualizado em 17/10/2021 às 22:09
O ministro da Cidadania, João Roma, afirma que o Auxílio Brasil vai substituir o Bolsa Família em novembro - Marcello Casal JrAgência Brasil
O Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família em novembro, deve beneficiar perto de 17 milhões de pessoas, e ficar na média em R$ 300 ao mês, reafirmou na noite deste domingo (17) o ministro da Cidadania, João Roma, em entrevista à TV Brasil, garantindo que o governo terá "zelo fiscal" na implementação da medida. Os dois números são maiores do que o programa atual, que atende 14,6 milhões de pessoas, com pagamento mensal de R$ 190 na média.
>> Corte do Bolsa Família:governo pede mais tempo para definir situação no Nordeste 
Mesmo tendo que ampliar os gastos do governo para bancar o aumento do benefício a população de menor renda, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro para as eleições de 2022, o ministro afirmou que o governo não vai perder o controle das despesas. "Precisa ter muito cuidado e muito zelo na responsabilidade no quesito fiscal", disse ele.
 
A maior dificuldade do governo é conseguir fontes de recursos para bancar o novo programa. Roma ressaltou que se discute no Congresso duas formas de financiamento e a expectativa é que sejam aprovadas. São elas a PEC dos Precatórios, que pretende liberar parcela de recursos dentro do teto para bancar o gasto maior, e a Reforma do Imposto de Renda (IR). "A pandemia está passando, mas os efeitos sociais da pandemia não estão passando. É natural que estado brasileiro dê essa resposta."
"O Auxílio Brasil é uma evolução dos programas de renda executados no governo federal", afirmou hoje o ministro. Roma destacou que o novo programa vai integrar políticas públicas para a população de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, com transferência de recursos e capacitação profissional.
Uma das principais diferenças do novo programa com o Bolsa Família, segundo ele, é oferecer proteção social e a possibilidade de transformação social, via capacitação das pessoas para acesso ao mercado de trabalho. Para isso, o governo deve ter apoio do Sistema S, que inclui o Sesc e o Senac.
Para estimular que as pessoas se capacitem sem medo de perder o benefício, o ministro da Cidadania disse que o novo programa deve ter uma regra de permanência em que a beneficiário do auxílio, mesmo conquistando um emprego, possa ficar com o benefício por até dois anos, disse no programa da TV Brasil. "No Auxílio Brasil, estamos viabilizando uma regra de permanência", afirmou o ministro.
 

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