O Instituto Butantan tem paradas em seu estoque 15 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. A compra dos imunizantes não estaria interessando ao governo federal, nem aos estados. As informações são da TV Globo.
A vacina CoronaVac foi a primeira a ser aplicada no Brasil no combate à covid-19, no início deste ano. Fruto da parceria com a chinesa Sinovac, o imunizante era o único disponível no país. Depois passaram a integrar o Programa Nacional de Imunização (PNI) as da AstraZeneca, Pfizer e Janssen.
As 100 milhões de doses da CoronaVac previstas em contrato com o Ministério da Saúde foram entregues e distribuídas aos estados de janeiro a setembro. O Butantan, entretanto, produziu um lote extra de 15 milhões de doses entre julho e agosto - as que estão paradas. A validade do lote vai até agosto de 2022, informou o instituto.
No PNI, as doses destinadas ao esquema vacinal contra a covid-19 são da Pfizer e da AstraZeneca, que já têm registro de uso definitivo no Brasil. Então, as negociações do Ministério da Saúde são apenas por esses imunizantes.
Questionada pela TV Globo sobre a possibilidade de compra deste lote para doação para outros países, a pasta apenas enfatizou que trabalha com contratos de imunizantes da Pfizer e AstraZeneca.
A CoronaVac já esteve no centro de uma queda de braço entre o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro. Enquanto o governador corria para iniciar a imunização no país, Bolsonaro criticava duramente a vacina chinesa. A troca de farpas continuou mesmo após o início da aplicação do imunizante.