No Brasil, a média de reciclagem é em torno de 3% do total de resíduos, enquanto é estimado que 30% do lixo produzido no território nacional teria potencial para ser reutilizado. Além disso, pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) de 2019 apontou que houve um aumento de 18,59% na produção de lixo no País em relação à década passada, acumulando a produção de 79,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos só naquele ano.
Ambos os fatores, para a engenheira Bárbara Cavalcanti, representante do Fórum de Lixo e Cidadania, se deve em parte pela inoperância de políticas públicas para instruir a população a começar esse processo dentro de casa. “A coleta não chega a todos, nem todo mundo sabe que existe. Precisamos mudar essa cultura”, pontua. Assim, a maior parte dos resíduos ainda é levada sem separação para os aterros sanitários e os lixões ainda existentes, indo contra o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
A aposentada Maria das Graças Ferreira, de 58 anos, adquiriu o hábito de separar o material reciclável em 2015 ainda quando morava em São Paulo, porque o caminhão de coleta passava toda semana. Ao se mudar para Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, no entanto, se deparou com um cenário diferente. “Não temos essa facilidade, aqui não é divulgado. Só conheço um ponto que recebe. Uma vez por semana eu vou lá de carro e deixo os pacotes”, disse.
Saiba como descartar
A ferramenta online gratuita "eCycle" informa, para todas as regiões do país, quais são os pontos de coleta de material mais próximos de sua casa. Basta acessar o site https://www.ecycle.com.br/pontos-de-coleta-seletiva/#Descartes.
Outra opção é o Rota da Reciclagem. Ao entrar no site https://www.rotadareciclagem.com.br/index.html# e digitar o endereço de sua residência, um mapa se abrirá e mostrará a localização de cooperativas e outros pontos que aceitem o material.