O engenheiro Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato e ex-diretor da Petrobras, morreu nesse sábado (13) em decorrência de um câncer de pâncreas aos 68 anos.
Segundo a Veja, ele havia sido diagnosticado há cerca de um ano e estava internado no distrito de Itaipava, no Rio de Janeiro, para tratar a doença.
Paulo Roberto Costa se tornou diretor da Petrobras em 2004, por indicação do ex-deputado federal José Janene, que faleceu em 2010. Lá ficou até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de consultoria.
Ele foi preso em março de 2014 por envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O engenheiro foi condenado a mais de 70 anos de prisão, entretanto, respondia o processo em liberdade devido aos acordos de colaboração firmados com a Justiça.
Ele detalhou à Justiça como funcionava a distribuição dos recursos desviados da estatal por empreiteiras, que superfaturavam os valores dos serviços prestados.
As revelações de Costa listaram pelo menos 50 políticos, entre os quais o senador Renan Calheiros (MDB-AL), os petistas Humberto Costa (PE) e Lindbergh Farias (RJ), os ex-governadores do Maranhão Roseana Sarney (MDB) e Edison Lobão (MDB), o ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB).