De um sobrado discreto no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, para um museu a céu aberto de 120 mil metros quadrados no Complexo Salgadinho, em Olinda. Assim evoluiu o Espaço Ciência, que chega aos 20 anos hoje como uma das maiores instituições do gênero no mundo. Para comemorar a data, foi montada uma programação, incluindo exposição de fotografias antigas, painel com ilustrações científicas e até um show musical no planetário. As atividades começam às 14h30.
Quem for ao Memorial Arcoverde, onde o museu vinculado à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec) fica localizado, vai conhecer um pouco da história da instituição através de textos e de uma exposição fotográfica montada na área interna, que mostra as atividades desenvolvidas pelo Espaço Ciência ao longo dessas duas décadas. Na área externa, sob o viaduto, um painel foi pintado pelo artista plástico Cavani Rosas, lembrando várias campanhas realizadas pelo museu, como a SOS Mangue e a Meio ambiente: questão de vida ou morte, representada por um grande coração.
Parceiro do Espaço Ciência desde que a instituição mudou-se das Graças para o Memorial Arcoverde, em 1996, Cavani também foi responsável pela criação da logomarca comemorativa dos 20 anos. E se orgulha do trabalho feito em conjunto. “Além das campanhas, já ministrei palestras sobre desenhos científicos, usando técnica de bico de pena, e estamos produzindo uma revista em quadrinhos em preto e branco para as crianças pintarem em casa o que elas viram no Espaço Ciência”, informa o artista plástico. Na opinião dele, o museu deveria ser mais divulgado e receber mais apoio. “Ele tem dado muita contribuição à ciência”, argumenta.
A história do Espaço Ciência se confunde com a do diretor Antonio Carlos Pavão, professor de química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que ocupa o cargo desde janeiro de 1995, quando o museu deixou de ser um programa da Sectec e ganhou status de diretoria. Antonio Carlos Pavão diz que a marca registrada do museu é poder combinar experimentos feitos em ambientes fechados e outros realizados em ambientes abertos. “Hoje somos referência nacional e internacional pelas atividades que desenvolvemos”, afirma.
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