Envolta em polêmica desde quando foi concebida, a transposição do Rio São Francisco – para levar água ao interior de quatro Estados nordestinos – está longe de ser concluída. Mas outra obra, derivada desse projeto, acaba de ser apresentada ao público. O livro Caatinga Selvagem – O Legado de um Projeto de Desenvolvimento para a Conservação da Fauna, de autoria do jornalista Sérgio Adeodato e do fotojornalista André Pessoa, foi lançado na semana passada, em Petrolina, no Sertão. Em 226 páginas, ele narra a luta de pesquisadores para preservar a fauna ao longo dos canais por onde a água do Velho Chico deverá passar.
A publicação, financiada pelo Ministério da Integração Nacional, já estava prevista no projeto de integração do rio para ampliar o conhecimento sobre a caatinga e documentar o trabalho feito pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). “É uma espécie de prestação de contas à sociedade”, explica o jornalista Sérgio Adeodato, autor dos textos.
Para produzir Caatinga Selvagem, Sérgio Adeodato e o fotógrafo André Pessoa – que cedeu as fotos para essa reportagem – percorreram quase 10 mil quilômetros ao longo do trajeto da transposição, acompanhando os pesquisadores do Cemafauna. Desde Cabrobó (PE) até Cajazeiras (PB), no eixo norte, e de Floresta (PE) até Monteiro (PB). Eles registraram os animais resgatados, mostraram como vivem e se estão ameaçados.
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