Antigo píer do Recife será transformado em econúcleo

Espaço histórico, criado para receber o imperador Pedro II e família, será usado para educação ambiental e contemplação do Rio Capibaribe
Claudia Parente
Publicado em 06/07/2015 às 19:46
Espaço histórico, criado para receber o imperador Pedro II e família, será usado para educação ambiental e contemplação do Rio Capibaribe Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


O antigo píer da Avenida Martins de Barros, em frente à Praça 17, no Centro do Recife, onde já funcionou uma subestação de ônibus elétrico e uma unidade da Compesa, será transformado no mais novo econúcleo da cidade, destinado a atividades de educação ambiental, apresentações culturais e contemplação do Rio Capibaribe. As obras começaram nesta segunda-feira (6) e devem ser concluídas em seis meses. Nos últimos anos, o espaço vinha sendo usado, precariamente, como estacionamento.

“Vamos juntar educação ambiental, controle das águas e dois postos de informações (ecológicas e turísticas) em um só lugar”, explica a secretária municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), Cida Pedrosa, acrescentando que esse é o terceiro econúcleo da cidade - os outros ficam no Jardim Botânico e no Parque da Jaqueira. “Nossa intenção é implantar um em cada RPA (região político-administrativa).”

O novo equipamento vai se chamar Cais do Imperador, por se tratar de uma construção erguida em 1859 para receber o imperador Pedro II e sua família em sua única visita ao Estado. “Esse é um imóvel único no Recife. Não há nenhum outro que se projete sobre o rio”, ressalta o arquiteto da SMAS, Romero Pereira, responsável pelo projeto do econúcleo. Ele explicou que o antigo píer comportará três espaços no mesmo local com funções diferentes. 

Além da praça para contemplação, no nível da calçada, haverá o espaço para apresentações, no nível mais baixo, e o local onde funcionará um café ou bar. “Será instalado numa caixa leve, de vidro, para não atrapalhar a visão do rio”, informa Romero Pereira. A secretaria vai fazer seleção pública para o ponto gastronômico. “Quem vencer o processo, terá que se responsabilizar pela manutenção e segurança do econúcleo”, adianta Cida Pedrosa.

Numa segunda etapa, a SMAS também pretende retirar o estacionamento da avenida e construir uma espécie de calçadão, deixando a via no mesmo nível do passeio público. “A ideia é reconstruir o caminho do imperador até o Palácio das Princesas, passando pela Igreja do Espírito Santo e seguindo pela Rua do Imperador”, revela Romero Pereira. Também está previsto um píer para atracação do barco-escola da Secretaria Municipal de Educação. “Estamos buscando recursos para isso”, informa Cida Pedrosa.

A primeira etapa do econúcleo vai custar R$ 632 mil. Os recursos vieram de compensação ambiental, paga pelo Colégio Boa Viagem em decorrência de um empreendimento numa área de preservação próxima ao Rio Capibaribe.

TAGS
Econúcleo pier Cais do Imperador Centro do Recife
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory