Alunos do Colégio Militar do Recife levam projeto de preservação do Rio Beberibe para USP

Os estudantes analisaram todo o curso do rio e propuseram soluções envolvendo a reconstrução da mata ciliar. Projeto teve apoio da UFPE
Cidades
Publicado em 24/12/2018 às 7:30
Nos últimos anos, ao menos cinco corpos foram encontrados às margens do rio Foto: Diego Nigro/ JC Imagem


Um projeto de alunos recifenses sobre a atuação da mata ciliar na preservação do rio Beberibe, que corta as cidades de Camaragibe, Recife e Olinda, foi selecionado para ser apresentado na Feira de Ciências da Universidade de São Paulo (USP), em março do próximo ano. Os responsáveis pelo trabalho são alunos do ensino médio do Colégio Militar do Recife (CMR) na Zona Oeste da capital pernambucana. Além da pesquisa teórica, os adolescentes pretendem colocar o projeto em prática e replantar parte da vegetação que margeia o rio, tarefa feita com a ajuda de softwares e animações 3D.

O Beberibe se forma a partir do encontro dos rios Araçá e Pacas, em Aldeia, no bairro de Pau-Ferro, Zona Rural do Recife, e tem 19 km. Durante as análises do trajeto percorrido pelo rio e seu uso, alunos e professores perceberam o preocupante nível de degradação da vegetação e sujeira água. “Ele tem uma importância social, econômica e geográfica enorme desde o surgimento da cidade. Quando vamos observá-lo hoje, em determinados pontos, não vemos mais rio, é praticamente um esgoto”, explica a professora e orientadora do trabalho, Maria Goretti Cabral, que também utilizou as pesquisas como material para sua tese de doutorado.

A pesquisa teve início em 2017, quando foram feitas visitas ao rio para desenvolver um trabalho para a feira de ciências da escola. Depois disso, os alunos decidiram continuar com o tema e propor mudanças benéficas para sua preservação. “Depois de iniciado o trabalho, olhando para o Beberibe, percebemos que nossa atuação não podia ficar apenas na análise. A partir daí, surgiu a ideia de fazer o replantio e utilizar uma projeção virtual para entender como poderíamos fazer isso”, relata Eduardo Robalinho, 17 anos, integrante do grupo selecionado.

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