Estudantes fazem ato de apoio aos professores nesta quinta

Alunos e ex-alunos da rede estadual de ensino prometem uma grande mobilização de apoio aos professores, em greve há 20 dias, na manhã desta quinta-feira, em frente à  Secretaria de Educação de Pernambuco, na Várzea, Zona Oeste do Recife. O ato acontece às 9h e é organizado pelo  movimento #MeuProfessorMerece.

Os estudantes pretendem entregar ao secretário de educação, Frederico Amâncio, um dossiê com textos, fotos e vídeos denunciando o sucateamento das escolas integrais e semi-integrais. “O governo ‘vende’ as escolas de referência como se fossem perfeitas, mas muitas estão em péssimas condições", informa o estudante de terceiro ano Magno Rodrigues, um dos organizadores do movimento. 

Quatro ônibus, cedidos pelo sindicato dos professores, vão sair da lateral do Parque 13 de Maio, às 7h30, em direção à Praça da Várzea, onde os estudantes se concentram a partir das 8h. Nesta quarta-feira, os organizadores visitaram escolas para convocar alunos a participar do evento.

GREVE

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) se reuniram na tarde desta quarta-feira com o secretário de Administração, Milton Coelho, e Educação, Frederico Amâncio, mas não chegaram a acordo sobre o fim da greve. Um novo encontro foi marcado para esta sexta-feira, Dia do Trabalhador, às 15h, na Secretaria de Administração.

"O governo entende que estamos radicalizando e nós somos contrários ás medidas que o Estado tem adotado. Concordamos apenas que precisamos restabelecer as bases para uma negociação, mas ainda não conseguimos fazer isto", diz o presidente do Sintepe, Fernando Melo.

Nesta quinta-feira, às 14h, os professores fazem assembleia geral em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para avaliar se continuam a greve. Em seguida, eles realizam ato de apoio à greve proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que busca unificar a luta da categoria em todo o País, nesta quinta.

Os docentes pernambucanos reivindicam o cumprimento da Lei do Piso Salarial, que estabelece aumento de 13,01% para todos os profissionais, não apenas os de nível médio, como o governo anunciou.