Acontece nesta sexta-feira (28), no Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife, audiência pública para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). É o segundo encontro no País, promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), com apoio do Ministério da Educação (MEC). Haverá mais três (Florianópolis, São Paulo e Brasília) até setembro. O objetivo é ouvir sugestões de entidades, educadores, gestores públicos e da sociedade em geral para o documento que vai nortear o que alunos deverão estudar na educação básica brasileira.
“A Base Nacional não é um currículo mínimo e único. Trata-se de um referencial, contendo os direitos de aprendizagem que crianças e jovens terão. Deve ser considerado por escolas e sistemas de ensino na elaboração dos seus currículos”, explica o presidente da comissão de elaboração da BNCC no Conselho Nacional de Educação (CNE), Cesar Callegari. A expectativa dele é que a base esteja pronta até dezembro.
“A BNCC vai repercutir na educação brasileira nos próximos 20 anos. Esperamos concluí-la e votá-la até o final deste ano. Vai impactar nos currículos e também na formação dos 2 milhões de professores que atuam na educação básica, nos materiais didáticos e nas avaliações”, complementa Callegari.
Por ser o órgão normativo do sistema nacional de educação, cabe ao CNE apreciar a proposta da BNCC elaborada pelo MEC, produzir um parecer e um projeto de resolução que, uma vez homologados pelo ministro da Educação, vão se transformar em norma nacional.
A audiência sobre a base curricular será realizada das 9h às 17h, no Teatro Beberibe. As inscrições para participar estão encerradas. Mas todos os debates serão transmitidos ao vivo pelo site do Canal Futura e pelo perfil do MEC no Youtube. Presencialmente devem participar, em Olinda, cerca de 400 pessoas, de todos os nove Estados do Nordeste.
“Estamos recebendo também, até 11 de setembro, sugestões e documentos pelo site do CNE (www.cnebncc.mec.gov.br). Serão cuidadosamente avaliados. Já recebemos entre 30 e 40 contribuições”, diz Callegari. A primeira audiência ocorreu em Manaus (AM), no dia 7 de julho.