Dez anos após ser atacado por um tubarão enquanto nadava na Praia do Pina, na Zona Sul do Recife, o artista plástico Paulo Fernandes Alves Ferreira, 51 anos, diz ainda sofrer por causa daquele 10 de maio de 2002. E o sofrimento não é apenas causado por dores físicas na perna direita, abocanhada pelo peixe, mas também “na cabeça.”
Os sintomas descritos pela psicóloga Amanda Patrícia Sales em seu estudo são bem conhecidos de Paulo Tubarão, como o artista plástico é conhecido em Brasília Teimosa, onde mora. “Só consigo dormir duas horas por dia. Passo a noite dormindo e acordando. Fiquei assim depois do ataque”, revela Paulo, que foi um dos entrevistados da psicóloga para a pesquisa.
Para o artista plástico, os traumas sofridos por ele são de responsabilidade do Estado. “As vítimas de tubarão não recebem nenhum acompanhamento psicológico do governo. E a gente precisa muito. Tenho problemas psiquiátricos que apareceram depois daquele dia”, explica Paulo, se referindo ao dia do ataque.
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