Mais um dia de protestos nas ruas do Recife

Estudantes e médicos realizam passeata no Centro, às 14h. Docentes da UFPE pretendem cobrar melhorias
Do JC Online
Publicado em 02/07/2013 às 21:13
Estudantes e médicos realizam passeata no Centro, às 14h. Docentes da UFPE pretendem cobrar melhorias Foto: Edmar Melo/JC Imagem


Esta quarta-feira (3) promete ser de novos protestos e reivindicações no Recife. O Movimento de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco vai realizar um ato na Praça do Derby, área central da capital. Também haverá mobilização de médicos das redes pública e privada contra as medidas adotadas recentemente pelo governo federal. Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) organizam uma passeata para cobrar melhores condições de trabalho.

Depois da tentativa frustrada de entregar a pauta de reivindicações ao governador Eduardo Campos, na última quarta-feira (26), que terminou em confusão, estudantes e entidades ligados à Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco realizam nova manifestação à tarde.

A concentração será às 14h na Praça do Derby. Em seguida, o grupo seguirá em direção a um órgão público, ainda a ser escolhido. “Além de exigirmos melhorias no transporte público, vamos protestar contra a repressão silenciosa do governo. A ideia é ocupar áreas públicas para pressionar o governador, que até agora não se pronunciou”, afirmou Pedro Josephi, um dos organizadores do movimento. Pelas Redes Sociais, 20 mil pessoas confirmaram presença, mas os organizadores esperam 10 mil.

Os docentes da UFPE também prometem cruzar os braços. A partir das 13h, eles vão se encontrar na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) e seguir até a Reitoria para entregar ao reitor, Anísio Brasileiro, a pauta de reivindicações.

Entre os pontos principais, estão a falta de segurança nas salas de aula, equipamentos danificados, além da carência de profissionais. “A universidade vem passando por uma série de problemas. Já realizamos um ato no dia 28 de fevereiro, mas até agora o reitor não nos atendeu”, explica José Luis Simões, presidente da Adufepe. “Temos paixão pelo que fazemos, mas precisamos de infraestrutura.”

Outra categoria que pretende chamar a atenção das autoridades é a dos profissionais da saúde. Às 10h, está programada uma coletiva de imprensa, na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), explicando os motivos da mobilização. Às 14h, cerca de mil profissionais se concentrarão na Praça do Derby, terminando com uma passeata pela Avenida Agamenon Magalhães. A mobilização é nacional.

A categoria exige, entre outras conquistas, o repasse integral de 10% da receita da União para o financiamento da saúde e admissão de médicos estrangeiros mediante o exame de validação do diploma. “Enquanto o Ministério não se posicionar a respeito de nossas exigências, vamos continuar realizando paralisações. Esperamos que haja abertura de negociação”, explica Sílvio Rodrigues, secretário de comunicação do Simepe.

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