Fé e fôlego para a maratona de celebrações a Nossa Senhora do Carmo

Os devotos de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, terão esta terça (16) um dia de muita oração, fé, fôlego, pedidos e agradecimentos. As últimas missas da 317ª edição da festa, celebradas na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Centro do Recife, começam às 5h e vão até o meio-dia. A tradicional procissão com a imagem da santa sairá da basílica às 17h, e seguirá até a Igreja do Carmo de Olinda, num percurso de quase oito quilômetros.

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Acompanhada dos netos e da filha, a aposentada Creuza Nunes, 78 anos, participa das festas todos os anos, mas lamenta não poder seguir a procissão. “Infelizmente, eu não tenho mais fôlego para aguentar essa caminhada tão grande. É muito bonito, mas impossível para os idosos que têm dificuldade para andar”, diz. 

A costureira Ivonete Andrade, 72, também se queixou do tamanho do percurso, mas não escondeu a admiração pela tradição e pelas pessoas que podem acompanhar a imagem. “Eu não vou, pois estou doente. As pessoas que vão seguem esse caminho inteiro agradecendo e pedindo bênção. É a coisa mais linda que existe.”

As missas de hoje estão marcadas para as 5h, 6h, 7h, 8h, 10h e meio-dia. Por último, haverá o cortejo. Além disso, a festa contará com a presença da cantora Elba Ramalho, que participa do lançamento da Semana Missionária. 

Com os olhos marejados, a aposentada Maria Muniz, 89, assistia à missa na tarde de ontem bastante emocionada. Ela foi uma das centenas pessoas que compareceram à Basílica de Nossa Senhora do Carmo no penúltimo dia de festa para agradecer. “É encantador tudo isso. Sou devota da santa desde pequena e me emociono sempre que venho. Escolhi hoje porquê acredito que amanhã virá muita gente”, declarou. 

A festa, iniciada no dia 6 deste mês, já contou com diversos shows religiosos, missas, recitação de terço, novenário, parque de diversão, feirinhas e acolhida solene da imagem da padroeira.

No último domingo, o cantor Santana se apresentou no Pátio do Carmo, ao lado da Basílica, em homenagem à santa, levando centenas de fiéis às lágrimas. A devoção a Nossa Senhora do Carmo no Brasil começou com em 1584, com a chegada dos carmelitas a Olinda.