A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Pernambuco (Ademape) pretende entrar com uma ação civil pública para que a decisão do promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Ricardo Coelho, de manter o minizoológico do Parque Treze de Maio, seja revogada. O promotor voltou atrás após uma vistória do Ibama que constatou que os animais estão “bem cuidados e adaptados”. No entanto, a Ademape alega que os 64 animais não vivem em condições ideais.
A Ademape vai se reunir neste sábado (13) com outras instituições de defesas dos animais para entrar até esta próxima segunda-feira (25) com a ação para que o minizoológico seja desativado. De acordo com o presidente da Ademape, Manoel Tabosa, existem animais doentes e em condições inapropriadas. " Semana passada passamos no parque e verificamos que têm animais sem pelo, um macaco-prego doente, instalações inadequadas. Postamos nas redes socias as fotos das condições que estes animais estão vivendo. Sem contar que manter animais em parques é proibido na Lei 14.639", comentou.
A Lei estadual 14.639, criada em 2012, proibe a permanência de animais silvestres, selvagens e exóticos em praças e parques. De acordo com o promotor Ricardo Coelho a decisão de manter os animais no parque foi tomada depois de ouvir o Ibama, a veterinária dos animais e membros da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). “Todos foram favoráveis à permanência, por que o MPPE seria contra? Só me curvei à vontade desses órgãos, que fizeram vistorias minuciosas no local”, falou.
A decisão de retirar os animais do parque começou em fevereiro deste ano, com a criação de uma petição online que pedia a desativação do espaço. Em abril, o promotor Ricardo Coelho pediu a retirada dos animais dentro de seis meses, alegando que o parque não tinha licença para manter o minizoo. O promotor colocou como condição para manter os animais a manutenção do espaço e cadastro de todos os animais no Ibama. A Emlurb deve apresentar um plano de reformas do espaço nos próximos 15 dias.