Apenas duas vítimas do acidente de Pontezinha receberam alta

Com o impacto, o motorista do coletivo morreu e parte dos passageiros foram arremessados para fora
Do JC Online
Publicado em 11/12/2014 às 12:07
Com o impacto, o motorista do coletivo morreu e parte dos passageiros foram arremessados para fora Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Apenas dois feridos do acidente entre um caminhão e um micro-ônibus de Jaboatão dos Guararapes receberam alta. Na colisão, o motorista do coletivo, Antônio Silveira Junior, 34 anos, morreu no local e 25 pessoas ficaram feridas. A colisão aconteceu nessa quarta-feira (11) no quilômetro 88 da antiga BR-101, em Pontezinha, distrito do Cabo de Santo Agostinho. Os veículos ficaram destruídos e, com o impacto, alguns passageiros do micro-ônibus foram arremessados pelas janelas. Cerca de dez ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Samu e um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ajudaram a transportar os feridos.

O Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, atendeu 15 feridos. Deste, cinco foram submetidos a cirurgias de urgência e encontram-se estáveis; dois receberam alta médica; e os demais seguem internados, em tratamento e sem risco de morte iminente.

O Hospital da Restauração recebeu seis feridos e nenhum teve alta. Entretanto, apenas duas mulheres precisaram passar por cirurgia. Severina Maria da Silva, de 54 anos, sofreu fratura na testa, passou por cirurgia e encontra-se na sala de recuperação, com quadro estável. Núbia, por volta de 30 anos, precisou passar por neurocirurgia e encontra-se sedada na sala de recuperação, mas deve ir para enfermaria ainda hoje.

Um garoto de 4 anos sofreu ferimento na região frontal, mas foi suturado e está estável na emergência pediátrica. A paciente Isabela Cristina da Silva Santana, de 21 anos, encontra-se na unidade de trauma, estável e consciente. Isaías José dos Santos, de 66  anos, teve traumatismo crânio encefálico leve e está estável, também na unidade de trauma. Já Clebson Rostand de Lima, de 26 anos, está com hematomas, mas em estado estável e consciente.

A dona de casa Geodeise Silva Santos, que mora em frente ao local do acidente, relatou que ajudou no socorro às vítimas. “Eu ouvi o barulho da colisão e fui ver o que era. Quando olhei pela janela, havia várias pessoas no chão, cheias de ferimentos. Os passageiros que não estavam machucados saíram pela janela do micro-ônibus”, afirmou.

As câmeras de segurança de estabelecimentos próximos gravaram o momento que o micro-ônibus invadiu a contramão e se chocou com o outro veículo. Para o policial rodoviário Diego Carvalho, que acompanhou a ocorrência, ainda não é possível afirmar se o motorista do micro-ônibus estava tentando fazer ultrapassagem forçada. “De acordo com as imagens das câmeras de segurança, no sentido Cabo de Santo Agostinho, há dois caminhões que seguem muito próximos. Não dava para o motorista do micro-ônibus fazer a manobra. Ele pode ter passado mal ou o ônibus apresentado algum problema mecânico”. 

IRREGULAR

O motorista do micro-ônibus, morto no acidente, não estava cadastrado na Secretaria de Mobilidade de Jaboatão dos Guararapes. O cobrador do veículo também estava irregular, segundo o secretário executivo da pasta, Werner Brito. A Prefeitura de Jaboatão afirmou que vai apurar se o motorista e o cobrador trabalhavam com carteira assinada por ele.

De acordo com o secretário, o permissionário do micro-ônibus, José Luiz da Silva Filho, já havia recebido duas notificações por modificar a rota, que tem percurso total de 37,2 km. O veículo envolvido no acidente fazia a linha João de Deus/Porta Larga, juntamente com outros 13 veículos em operação, e transporta 4.264 pessoas por dia. 

Werner afirmou ainda que o veículo era do ano de 2005, mas na cidade só podem circular ônibus com no máximo oito anos de fabricação. Entretanto, como apenas 55% da frota está dentro do determinado e o número de passageiros que utiliza esses veículos como meio de transporte é de 75% da população, a gestão decidiu, junto ao Ministério Público, que os carros devem apresentar laudo do Detran para que a prefeitura dê uma concessão de oito meses para rodar fora do prazo limite.

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