Moradores do Sítio do Berardo cobram construção de praça na antiga Fábrica de Estopa

Haverá um protesto, quarta-feira, quando completa um ano que a obra deveria ter começado
Margarida Azevedo
Publicado em 08/03/2015 às 9:08
Haverá um protesto, quarta-feira, quando completa um ano que a obra deveria ter começado Foto: Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem


Na próxima quarta-feira (11), véspera do aniversário do Recife, moradores da comunidade do Sítio do Berardo, na Madalena, Zona Oeste do Recife, farão um bolo e o levarão para a Avenida Caxangá. Não vão comemorar os 478 anos da cidade. Em vez de celebrar, irão protestar. Faz exatamente um ano que esperam por uma praça de esportes e cultura prevista para ser construída no terreno da antiga fábrica de estopa do bairro. Também aguardam a edificação de escola, unidade de saúde, centro de assistência social e biblioteca, equipamentos que fazem parte de um amplo projeto para a área de 10 mil metros quadrados.

“É uma espera de mais de cinco anos. O terreno foi desapropriado pelo então prefeito João Paulo, em 2008, e custou R$ 1,5 milhão. A comunidade votou no Orçamento Participativo que queria serviços de educação, lazer e esportes. No final da gestão de João da Costa, inauguraram a creche, que começou a funcionar com Geraldo Julio, em 2013. São obras que vão beneficiar muita gente. Só no Sítio do Berardo são 4 mil pessoas. Os moradores do Zumbi, Cardoso, da Rua da Lama (Gomes Taborda) e todos os recifenses só têm a ganhar”, ressalta o coordenador da Casa da Comunidade, Ângelo Felipe Bezerra. A entidade realiza trabalho social no local.

Moradora da comunidade, Maria das Graças da Silva, 38 anos, sente falta de um espaço para levar as três filhas pequenas para brincar. “É financeiramente inviável sair para passear longe. Precisamos dessa praça”, diz Graça. Duas filhas passam o dia na creche, que atende 240 crianças de até 3 anos de idade. “A mais velha estuda na Escola Municipal Sítio do Berardo. É um bom colégio, mas é pequeno. Por isso, queremos também a construção de uma nova escola”, afirma.



Na frente do terreno, uma placa informa que a praça vai custar R$ 5,5 milhões, com recursos federais e municipais. Os serviços deveriam ter começado em 11 de março do ano passado, com conclusão prevista para 11 de junho deste ano. Mas no local só há o canteiro de obras. A reportagem não viu o serviço sendo tocado, mas a Prefeitura do Recife garante que a obra não está paralisada. Segundo a gestão municipal, atualmente está sendo realizado serviço de topografia e readequação do projeto de fundação. O novo prazo para término da praça é dezembro deste ano.

Sobre a unidade de saúde, a prefeitura garantiu que haverá uma Upinha, mas sem definição de prazo para construção. A implantação de um centro social está sendo analisada.

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