Emoção no sepultamento do dançarino Eduardo Freire, o Kuka

Corpo foi encontrado na manhã do sábado na casa de veraneio da família em Enseada dos Corais, no Litoral Sul, com golpes de faca
Do JC Online
Publicado em 05/04/2015 às 19:54
Corpo foi encontrado na manhã do sábado na casa de veraneio da família em Enseada dos Corais, no Litoral Sul, com golpes de faca Foto: Foto: André Ney/JC Imagem


Familiares, amigos e alunos do professor de dança e bailarino Eduardo Freire, mais conhecido como Kuka, acompanharam o velório e sepultamento do corpo na tarde deste domingo, no cemitério do Parque das Flores, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. O dançarino foi encontrado morto com golpes de faca na manhã do sábado, na casa de veraneio da família, em Enseada dos Corais, no Litoral Sul.

Entre os presentes, o clima era de revolta e emoção. “É uma coisa terrível isso que estamos vivendo. É muita revolta e muita insegurança. A pessoa vai passar um feriado na praia, para descansar, e não sabe se volta. Que mundo é esse?”, declarou a irmã de Kuka, Maria da Penha Freire Ribeiro. O professor morava com a mãe, que sofre do Mal de Alzheimer, no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, e ia na casa de praia pelo menos uma vez por mês. “Ele cuidava de nossa mãe, sabia de tudo que ela tinha, dos horários dos remédios”, completou.

Os familiares também informaram que a praia ficou bastante perigosa nos últimos meses. Há relatos de várias casas de veraneio que foram assaltadas, além de assassinatos da região.

Eduardo Freire preparava-se para lançar seu primeiro espetáculo. Já tinha o nome: 1922, em homenagem à mãe dele, que nasceu nesse ano. “Era para comemorar os 40 anos de dança dele e mostrar o amor que ele tinha pela mãe. Mas nós vamos fazer em homenagem a ele”, disse a amiga Heloísa Duque. “Ele era uma pessoa maravilhosa, inspiradora, digna de muita admiração. Muitos alunos o chamavam de pai”, afirmou a dançarina Roberta Lins, que foi aluna dele e hoje integra o grupo Ballet Jovem do Recife, fundado por Kuka. 

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil deve definir nesta segunda qual delegado será responsável pela investigação da morte do bailarino. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, o caso ficará com a Delegacia de Homicídios Metropolitana Sul, chefiada pelo delegado Ricardo Silveira. Segundo a família, não foi informado se há suspeitos de quem possa ter praticado o crime.

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