Integrantes do MST ocupam sede do Ministério da Fazenda no Recife

Atualizado às 16h30

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam, na manhã desta segunda-feira (3), a sede do Ministério da Fazenda, na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife. O grupo protesta contra o corte de verbas para a reforma agrária e o ajuste fiscal, anunciados no fim de julho. Manifestação do MST acontece de modo simultâneo também em outros 24 Estados do país. A Avenida Alfredo Lisboa foi bloqueada e o trânsito ficou complicado.

A ocupação ocorreu por volta das 08h e, segundo a organização do movimento, aconteceu de forma pacífica. Os seguranças do local, porém, afirmam que os manifestantes, ao forçarem a entrada no prédio, quebraram as portas de vidro. O grupo prometeu deixar o local após os manifestantes de Brasília se reunirem com representantes do governo, o que ocorreu por volta das 16h15.

No fim da manhã, com a chegada da polícia, o clima ficou tranquilo. A CTTU e a polícia militar permanecem no local. Os servidores do prédio do MTS foram liberados.

"Pedimos que o Governo se comprometa a assentar 50 mil famílias ao ano até o final do mandado de Dilma. A presidente prometeu o assentamento de 120 mil famílias, mas ainda não fez o primeiro", explicou Cristiane Albuquerque, uma das coordenadores do MST em Pernambuco. Ela destacou ainda que o grupo é contra o Projeto de Lei da terceirização, o corte de verbas na saúde e educação e é a favor da democratização dos meios de comunicação. A negociação será feita em Brasília, onde também acontece manifestação do MST.

A gestão do governo Dilma afirma que 103 mil famílias foram assentadas, porém os representantes do movimento falam em 28 mil. Em Pernambuco, o grupo espera que 50 mil famílias sejam assentadas até o fim do mandato da presidente. No Estado, apenas 16 mil famílias estão assentadas enquanto 14 mil ainda acampam.

Os manifestantes ainda prometem sair em passeata pelas avenidas Conde da Boa Vista, Agamenon Magalhães e Rosa e Silva, onde fica o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).