"Não vou levar a categoria ao confronto sem necessidade. Então, por segurança, preferimos abortar a paralisação", afirmou o executivo estadual da Central Sindical Popular Conlutas, Aldo Lima, responsável por planejar a movimentação. Ele considera que a polícia foi acionada para intimidar a categoria.
Uma cobradora da empresa Borborema afirmou que encontrou muitos policiais armados na garagem da empresa. "Parecia que a gente estava em um presídio", afirmou a trabalhadora, que preferiu não se identificar. O mesmo foi dito por uma cobradora da Pedrosa. "A gente vai fazer rebelião, é?", indagou a mulher, que também não se identificou.
Os passageiros também se surpreenderam com a presença da PM. "Tem polícia nas garagens, mas não tem para população, para os ônibus... Vários assaltos na Abdias [de Carvalho] e nada de policial... Esse país é uma bagunça...", desabafou o Thiago M. Vasconcelos, na fanpage do JC Trânsito no Facebook.
Em nota, a Polícia Militar informou que às 4h as viaturas estavam fixas nas garagens e terminais, mas "com a saída dos coletivos transcorrendo com normalidade e sem conflitos, às 7h, o policiamento foi remanejado para realizar rondas constantes nas proximidades dos pontos iniciais". A corporação informou ainda que o objetivo do esquema foi garantir a tranquilidade na saída dos coletivos.