Motorista indiciado no caso Camila Mirelle pode pegar mais de quatro anos de detenção

Por enquanto, Empresa Metropolitana e Grande Recife Consórcio de Transporte não responderão pela morte
Da editoria de Cidades
Publicado em 24/08/2015 às 11:08
Por enquanto, Empresa Metropolitana e Grande Recife Consórcio de Transporte não responderão pela morte Foto: Roberta Soares/JC


Como antecipou o blog De Olho no Trânsito, motorista do ônibus que fazia a linha Barro-Macaxeira é indiciado criminalmente pela morte da estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Camila Mirelle Pires da Silva, 18 anos, que morreu ao cair de um coletivo em maio, na BR-101, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife.

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Apenas o motorista do ônibus será indiciado pela morte de Camila. E, mesmo assim, por homicídio culposo

O motorista pode pegar de dois a quatro anos de detenção, mas a pena pode ser acrescida de mais dois anos se levado em conta o agravante de um transporte coletivo.

Na manhã desta segunda-feira (24), em entrevista coletiva na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste da capital, a polícia informou que o motorista foi negligente ao abrir a porta antes de o ônibus parar. João Martins de Oliveira, 30 anos, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Além disso, a perícia comprovou que o sistema de trava da porta havia sido desativado antes do acidente. Mesmo assim, a Empresa Metropolitana, que operava a linha, e o governo de Pernambuco, por meio do gestor do sistema de transporte (o Grande Recife Consórcio de Transportes) não responderão pela morte de Camila. Pelo menos, por enquanto. 

Ainda segundo a polícia, o Grande Recife fez vistoria em 2014, mas não fiscalizou o ônibus envolvido no acidente. “Nem sempre o que é justo é legal”, afirmou o delegado Newson Motta sobre o fato de ninguém da Metropolitana ter sido indiciado. 

A estudante, que era aluna de biomedicina da UFPE, foi arremessada para fora do coletivo e ainda chegou a ser encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.  

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