A delegada Gleide Ângelo, responsável pelo Departamento de Polícia de Olinda, conversou durante a tarde desta sexta-feira (27) com a repórter Marina Padilha. O asunto, diante da repercussão do caso de estupro coletivo cometido por 33 homens no Rio de Janeiro, não poderia ser outro: a violência contra a mulher, o machismo, a culpabilização da vítima e os casos de violência.
Durante a entrevista, Gleide ainda respondeu as perguntas dos seguidores do JC no Facebook. Em uma das respostas, a delegada explica que a vítima de estupro deve oficializar a denúncia contra seu agressor. "Se a vítima for menor de idade, é preciso ir até uma Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). Caso a mulher violentada tenha mais de 18 anos, ela precisa ir à Delegacia da Mulher. Em cidades onde não exista nenhum dos dois serviços, a ocorrência deve ser registrada na delegacia de plantão", disse.
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Gleide Ângelo também assina a coluna “A mulher e a lei”, no portal NE10. Lá, o mesmo assunto, com ainda mais profundidade, pode ser acessado.
DISQUE 180 - Para denunciar casos de violência sexual, as vítimas devem ligar 180. O serviço funciona diariamente, 24h por dia, inclusive nos finais de semana e feriados. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo. A Central de Atendimento à Mulher funciona como disque-denúncia da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). O Ligue 180 trabalha de forma conjunta com a rede de atendimento do Brasil, formada por serviços municipais e estaduais e também serve para receber instruções.