É intensa a movimentação na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio, Zona Central da capital, mas ainda há espaço para muitos fiéis. As últimas missas celebradas na basílica em homenagem à padroeira do Recife estão se encerrando neste início de tarde, havendo agora a missa campal com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburino, às 16h, antes da saída do cortejo pelas ruas centrais da capital, às 17h30. Ao contrário do que foi recomendado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a maioria das lojas no Centro da cidade estão fechadas.
Muitos fiéis entoam cânticos, se ajoelham e rendem homenagens à padroeira vestidos de amarelo. Como a advogada Suany Gomes, de 37 anos, que compareceu de amarelo junto com a mãe, uma tia e a irmã. “Vim agradecer. Perdi meu marido no ano passado, mas diante de uma perda tão significativa continuo caminhando. São tantas graças diárias de coisas simples que a gente nem percebe e esquece de agradecer”.
A costureira Aurinete Dias, devota desde menina também compareceu à missa em missão de agradecimento. “Meu pai saiu do hospital graças a ela”, afirma, sorridente. O aposentado Lúcio Souza, 67, diz que não perde uma festa da padroeira. “Ela me guia durante a vida toda”, declara.
O comércio de ambulantes também é muito grande no entorno da basílica. Adriana Souza vende rosas amarelas artificiais a R$ 3. “Já vendi 100, mas no ano passado cheguei a 300, espero que à tarde a gente consiga bater esse número”, diz ela, que trabalha junto com familiares.
Essa é a 320ª Festa do Carmo e tem como tema “Mãe do Carmelo, em tua beleza se exprime a misericórdia de Deus”. O sermão do arcebispo deve trazer Maria como estrela da evangelização e como mãe bondosa que pensa em seus filhos.