Finalizada a primeira fase da recuperação do piso original de paralelepípedo em volta do Mercado de São José e da Praça Dom Vital, no Centro da Cidade, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) do Recife executou, na manhã deste domingo (4), mais um reordenamento do comércio ambulante na área. A cargo da pasta de Turismo, Esporte e Lazer do Estado (Setur-PE), a obra era para ter sido executada para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Mas começou a ser feita apenas em julho deste ano.
Antes na rua, agora os comerciantes informais vão ter que ficar na calçada, distantes cerca de um metro do meio-fio. Os trabalhos devem durar 15 dias. "O afastamento é necessário por medida de segurança. Será colocada uma tela de proteção (entre a obra e as barracas). O pessoal não está sendo retirado", esclarece a chefe de fiscalização Irajacira Beltrão, da Semoc.
"A obra, em si, já causa prejuízos, por isso estamos indo por etapas", complementa. A chefe da fiscalização destacou ainda a quantidade de lixo e os ratos encontrados no local com o reordenamento das barracas.
A promessa da Prefeitura do Recife é realocar esses e outros ambulantes no Cais de Santa Rita, com bancas segmentadas e padronizadas, além de estacionamento. A promessa é antiga. A obra começou em 2014, mas avançou pouco. O que se vê hoje é ainda uma completa bagunça. Pelo novo cronograma, a gestão diz que entrega o trabalho finalizado em dezembro deste ano.
Para o ambulante Alexandre Tertuliano, a mudança do lado de fora do Mercado de São José vai prejudicar as vendas nestes 15 dias, já que haverá uma separação entre o freguês e a banca. "Quando colocarem a tela, os clientes só vão passar pelo lado aposto, das lojas", prevê. Ele vende frutas na área há 30 anos.
Na manhã deste domingo (4), houve um princípio de tumulto quando a prefeitura chegou para executar o reordenamento, mas, logo em seguida, os ânimos acalamaram-se.