"Até quando as pessoas com deficiência receberão tantos nãos?", essa é a pergunta feita pela paratleta Maria Eugênia Brito, 30, após ter sido eliminada do concurso público da Polícia Civil de Pernambuco. Segundo a mulher, que também é professora e jornalista, na última fase do concurso, o teste físico, ela foi reprovada por causa da deficiência física que possui.
Maria é deficiente física por conta de uma lesão medular, mas não se sente impotente por conta disso. "Não podemos entrar em vários lugares porque também não são acessíveis. Não podemos sair de casa que somos olhados como extraterrestres. Somos tidos como incapazes. Eu definitivamente não sou incapaz de nada".
A notícia da reprovação foi recebida ontem por Eugênia. Até esta quarta-feira (5), a jovem entrará com um recurso contra o resultado e avaliará também medidas judiciais que possam ser tomadas.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) já tomou conhecimento do caso. Em nota, a SDS esclareceu que a "deficiência não pode ser empecilho" para que Maria Eugênia realize todas as etapas do certame.