A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), em parceria com a ONG Visão Mundial e a empresa Tempus Comunicação, lançou nesta quinta-feira (13) a campanha "É tempo de ser solidário - O Haiti precisa dos pernambucanos". A ideia é sensibilizar a população e reunir doações para ajudar o país, devastado pelo furacão Matthew no início do mês. Pelo menos 473 pessoas morreram e 175.000 foram afetadas pelo fenômeno. Segundo dados da ONG, 1,4 milhão de haitianos precisam de ajuda humanitária.
As doações podem ser feitas em dinheiro através do endereço doe.vc/haiti, plataforma online criada pela Visão Mundial, que atua há 38 anos no país. O valor mínimo é de R$ 50. Segundo o diretor de comunicação e marketing da ONG, Carlos Diego, 50 mil famílias foram afetadas pelo furacão. O objetivo é arrecadar R$ 14 milhões, que beneficiarão metade delas. "Não há um limite de recursos, a necessidade é muito grande." O dinheiro será investido em mantimentos, construção de abrigos e de "espaços amigáveis", que atendem crianças que perderam familiares durante o fenômeno.
Haiti é o país com maior número de mortes por catástrofes naturais, diz ONU Com 229.699 mortes ao longo dos últimos 20 anos, o Haiti é o país com o maior número de vítimas fatais por catástrofes naturais, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (13). O desastre mais mortal dos últimos 20 anos foi o terremoto de janeiro de 2010, que matou mais de 220 mil pessoas. O Haiti passou ainda por três anos de seca relacionada ao El Niño antes de ser atingido, no último dia 4 de outubro, pelo furacão Matthew.
Segundo o relatório do Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, nenhum país de alta renda aparece nas primeiras posições, o que demostra que o número de mortes em catástrofes naturais é diretamente relacionado aos níveis de renda e desenvolvimento. O documento Pobreza e morte: mortalidade em desastres 1996-2015 marca o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, lembrado nesta quinta-feira em campanha para reduzir a mortalidade global das catástrofes, especialmente em comunidades pobres.