Os moradores do Grande Recife que esperaram para observar a Superlua no início da noite desta segunda-feira (14) tiveram uma decepção. O clima nublado na Região Metropolitana dificultou a visão do fenômeno.
No Cais do Imperador, no Bairro do Recife, muita gente que aguardava pela aparição do satélite ficou frustada. A superlua saiu, mas estava coberta por nuvens. "Desde o começou do ano vinha lendo sobre o tema, fiquei na expectativa", lamentou a estudante Débora Sobral, 18, que foi ao local com o namorado, Renato Moura, 18, e a mãe, Ana Pincvsky.
A auxiliar administrativa Edilene Ramos da Silva, 37, saiu do trabalho sozinha para contemplar a luz no cais. Passou cerca de duas horas esperando. "Vim porque a gente não sabe se vai ter outra oportunidade, né?", falou.
Somente depois das 20h as nuvens começaram a dispersar e o público ficou em euforia. A Sociedade Astronômica do Recife (SAR) tinha se programado para montar cinco telescópios das 18h às 21h30, no local, mas somente às 20h15 começou a instalá-los. “No dia 13 de dezembro há uma outra Superlua, apesar de não tão próxima quanto essa”, salientou o vice-presidente da entidade, Leonardo Neves.
A Superlua é resultado de dois fenômenos astronômicos concomitantes: a fase de Lua cheia e o momento em que o astro, cuja órbita é elíptica, está o mais perto possível da Terra. O fenômeno desta segunda-feira é o maior desde 1948, e será o sexto maior do século.
Muita gente aguardou a Superlua no Cais do Imperador. Foto: JC |
"Uma Superlua pode ser até 14% maior e 30% mais luminosa que uma Lua cheia no seu apogeu" (posição na sua órbita na que se encontra mais afastada da Terra), segundo a Nasa. A Lua atingiu seu perigeu, o ponto de órbita mais próximo ao centro do nosso planeta, às 11h22 GMT (9h22 de Brasília) e ficou cheia às 13h52 GMT (11h52 de Brasília).
Diferentemente da RMR, a Superlua deu as caras para os moradores do Agreste do estado. Uma foto, registrada pelo fotógrafo Marcone Barros, conseguiu registrar a beleza do fenômeno no município de Gravatá.