Um protesto contra a vaquejada reuniu cerca de 40 pessoas ontem numa concentração na Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife. Munidos de faixa e gritando palavras de ordem como: “vaquejada não é esporte, não é cultura, é tortura”. “Não aceitamos que a vaquejada seja transformada em cultura, porque isso abre precedente para maus tratos aos animais e outras práticas como a rinha de galo e a farra do boi - no qual o animal desfilava e era apedrejado –”, conta a presidente da Federação das Associações Organizadas da Sociedade de Proteção aos Animais de Pernambuco (FAO), Luciane Nascimento.
Representantes de 11 entidades filiadas a FAO participaram do protesto, fazendo uma pequena caminhada na tarde deste domingo pelas ruas do Bairro do Recife. “A vaquejada pode continuar como evento, show. O que queremos é o animal seja substituído por outra forma de entretenimento, tirando o animal do picadeiro. Pode continuar a parte de shows e gastronomia”, defende Luciane. Ela argumenta que em alguns lugares fora do País já está sendo usado um boi mecânico.
A polêmica sobre a vaquejada voltou a ser alimentada no mês passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a lei cearense 15.299/2013 que regulamentava a vaquejada como evento cultural.