De janeiro a março de 2017, a Fundarpe recebeu dois pedidos para tombamento de edificações: o Câmpus Anísio Teixeira da Fundaj e a Igreja de São Félix, na Ilha de São Félix, em Orocó, município do Sertão. Em 2016 foram encaminhadas seis solicitações e uma delas prevê a proteção do prédio da Assembleia Legislativa de Pernambuco, no Centro do Recife, incluindo o acervo museológico da instituição.
Além dos 44 processos esperando análise na Fundarpe, outros 21 pedidos com parecer técnico concluído foram remetidos ao Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, ao longo dos últimos anos. “O conselho analisou sete e o governador decretou o tombamento de três”, informa a presidente da Fundarpe, Márcia Souto.
Entraram na lista de bens protegidos a Igreja de São José das Botas de Ouro em Tamandaré (Litoral Sul), as Igrejas de Nossa Senhora da Luz e de Nossa Senhora do Rosário do distrito de Matriz da Luz, em São Lourenço da Mata, Grande Recife (as duas formam um só processo), e o prédio da Força Pública de Floresta, no Sertão.
Quatro processos com parecer favorável aguardam decreto do governador: o pedido de definição do perímetro de tombamento da casa de João Alfredo (Engenho São João) na Ilha de Itamaracá, a antiga Casa de Câmara e Cadeia do Recife (sede do Arquivo Público Estadual), o Engenho Monjope em Igarassu e quatro casas na Rua da União, Centro do Recife.
“O conselho distribuiu 14 processos com relatores e devolveu outros três, mais antigos, para a Fundarpe”, diz Márcia Souto. Um deles é o pedido de tombamento do Edifício Oceania, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, enviado ao conselho sem o parecer técnico da Fundarpe, apenas com o encaminhamento do gestor de patrimônio, na época. O Oceania é o principal cenário do filme Aquarius, de Kléber Mendonça Filho.