Servidores da Universidade de Pernambuco (UPE) se reúnem, às 9h desta quarta, na sede do sindicato da categoria para decidir se participam da greve geral que acontecerá em todo o País no dia 28. O movimento é um protesto contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a lei que libera a terceirização de todas as funções. No dia 15 de março já houve paralisação semelhante.
“A direção vai levar indicativo de greve, com manutenção de apenas 30% dos serviços nos locais onde há pacientes, como manda a lei. Nos outros locais seria tudo fechado”, informa o presidente da entidade, Érico Alves. “Essa reforma iguala o tempo de serviço de homens e mulheres e 75% de nossa categoria é de mulheres”. Uma palestra sobre o tema será ministrada às 10h.
Com 3,9 mil servidores, a categoria também está em campanha salarial e o sindicato ainda apresentará proposta de paralisação no dia 24 de maio, para realização de uma passeata até o palácio do Governo. Segundo Érico, a proposta não é de aumento, mas de reenquadramento dos servidores pelo tempo de serviço.
“A proposta é a mesma de 2016. Nosso Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) está atrasado. Há pessoas com 39 anos de serviço recebendo como se tivesse 20 anos. Queremos o reenquadramento dos servidores pelo tempo de serviço e depois o governo faz a avaliação de desempenho”, informa o sindicalista. "Temos uma defasagem de mil servidores. Anunciaram concurso para 270, é pouco".