Chuvas dos últimos dias elevam nível de barragens em Pernambuco

Mananciais da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife também foram beneficiados com as precipitações
JC Online
Publicado em 26/05/2017 às 17:55
Mananciais da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife também foram beneficiados com as precipitações Foto: Foto: Divulgação/Compesa


As chuvas dos últimos dias colaboraram para melhorar o nível de algumas barragens em Pernambuco. No Agreste, um dos mananciais que está em pré-colapso no estado, a Barragem do Prata, no município de Bonito, elevou de 9,83% para 11,72%, entre a última quarta-feira (24) e esta sexta-feira (26). Houve também elevação de nível em barragens da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata. A previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é de mais chuva para o fim de semana.

Com o aumento, a barragem do Prata registra agora 4.939.384 metros cúbicos de água acumulados, o que já garante prorrogar o uso da água do reservatório até o mês de agosto deste ano. A Barragem do Prata é responsável pelo abastecimento de água de Caruaru e das cidades de Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e Cachoeirinha.

Em março, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) precisou adotar a medida de redução da exploração do Prata para 200 litros de água por segundo. Desde então, o abastecimento das seis cidades do Agreste está recebendo o complemento pelo Sistema Adutor do Pirangi, que incrementa o Sistema Prata com mais 500 litros de água por segundo.

Em Garanhuns, as três barragens que fornecem água para a cidade elevaram o volume com as chuvas dos últimos dez dias. A Barragem do Cajueiro aumentou o nível de acumulação de 43% para 48% (6,9 milhões de m³ de água), Mundaú subiu de 23% para 35% (696 mil m³), enquanto Inhumas, que estava em colapso, com 5% da sua capacidade total, agora subiu para 27% (1,8 milhão m³).

Ainda no Agreste, a Barragem do Rio Correntes, que fornece água para a cidade de Correntes, está vertendo. No município, assim como em Lagoa do Ouro, o calendário de racionamento foi reduzido pelas chuvas, passou paraum dia com água e um dia sem, depois que regularizou a vazão do Riacho da Palha.

Após as barragens de Bulandim, Mata Verde e Caboge voltarem a acumular água. A companhia retornou com a captação nos mananciais, e estabeleceu um novo calendário de três dias com água e seis dias sem para a população de Bom Conselho - antes era de cinco dias com água e dez dias sem.

RMR

Na região Metropolitana do Recife, o maior aumento de volume aconteceu na Barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, que subiu, de ontem para hoje, de 46,06% para 54,12%. As outras quatro principais barragens da RMR não sofreram alterações significativas dos níveis: a Barragem de Várzea do Una está 35,84% da sua capacidade total; Tapacurá com 32,07%; Duas Unas apresenta 27,82% do seu volume de; e Botafogo registra 13,47%.


Zona da Mata

 Na Zona da Mata Norte, as cidades de Ferreiros e Camutanga são atendidas pelo mesmo sistema de abastecimento e cujas fontes de água, duas barragens de nível, tiveram a vazão regularizada com as chuvas. A Compesa passou a fazer a captação 24 horas, por dia, na Barragem de Mucambo, e voltou a retirar água da Barragem Vundinha. A população de Ferreiros e Camutanga - juntas, somam 16,5 mil pessoas - que antes eram abastecidas com o rodízio de dois dias com água e vinte dias sem. O novo calendário estabelece dois dias com água e oito dias sem.

Com as últimas chuvas que caíram em Chã Grande, na Mata Sul, a Compesa voltou a captar água na Barragem dos Macacos, que também está vertendo. Com a retirada de 15 litros de água por segundo deste manancial, somados a mais 15 litros por segundo que são captados na Barragem de Siriquita.

A Barragem de Banho da Negra que abastece Pombos, também está vertendo, o que possibilitou reduzir o rodízio da cidade de dois dias com água e 28 dias sem, para dois dias com água e cinco dias sem.

 As barragens de Água Fria de Cima e Água Fria de Baixo, que atendem Sirinhaém, também atingiram a capacidade máxima e estão vertendo. Na cidade é realizado o rodízio de 24 horas com água e 48 horas
sem.

Em Escada, as chuvas regularizaram o nível do Rio Sapocagy, principal manancial que atende a cidade e que estava em pré-colapso. A Compesa voltou a captar água no manancial 24 horas por dia, o que permitiu adotar o novo calendário de abastecimento em Escada, que é de um dia com água e um dia sem.

 

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