Defesa Civil interdita prédio no Cabo após queda de marquise

Marquise que desabou tinha quase dez metros de comprimento. Três pessoas morreram e três ficaram feridas
Da Editoria Cidades
Publicado em 06/08/2017 às 13:58
Marquise que desabou tinha quase dez metros de comprimento. Três pessoas morreram e três ficaram feridas Foto: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


A Coordenadoria de Defesa Civil do Cabo de Santo Agostinho e o Corpo de Bombeiros interditaram o prédio cuja marquise desabou na tarde de sábado (05/08), deixando três pessoas mortas e outras três feridas, uma delas em estado grave. Logo após o acidente, os técnicos fizeram uma vistoria no imóvel, constataram infiltrações no alpendre e solicitaram a demolição das demais marquises. De acordo com a Defesa Civil, não há risco de desabamento da edificação, localizada na Avenida Laura Cavalcante, a principal da Praia de Gaibu, no Grande Recife.

Nova vistoria, mais aprofundada, está programada para as 9h desta segunda-feira (7), desta vez com engenheiros da Defesa Civil e das Secretarias de Infraestrutura e de Planejamento do Cabo. O edifício, construído há cerca de 25 anos, tem três pavimentos. O térreo funciona com casas comerciais (uma sorveteria, um depósito de bebidas e uma loja fechada no momento) e os dois pavimentos superiores são ocupados com uma pousada. A polícia abriu inquérito para apurar se houve responsabilidade do proprietário da edificação.

De acordo com a coordenadora de Defesa Civil do Cabo, Ana Sandra Souza Leão, a marquise era usada com varanda, mas não tinha estrutura para isso. A construção, diz ela, era toda de concreto. “Uma varanda precisaria de estrutura de amarração de ferro, o que não existia”, declara. A marquise que desabou tinha cerca de dez metros de comprimento por um metro de largura e caiu de vez. “Ninguém ouviu barulhos ou estalidos antes”, declara Ana Sandra Souza Leão.

No momento do acidente, havia um casal na marquise do primeiro andar da pousada. Os dois caíram junto com a construção e sofreram ferimentos. Sandra Maria de Oliveira, 52 anos, quebrou uma costela e teve de fazer drenagem no pulmão. Ela está internada num hospital particular do Recife. José Ribeiro de Oliveira, 70, hospitalizado no mesmo local, já recebeu alta médica. “Os três feridos foram atendidos no posto médico do Cabo e depois encaminhados para o Recife”, informa a secretária municipal de Programas Sociais, Edna Gomes.

O terceiro sobrevivente, Jackson Mariano da Silva, 31, é morador da Vila de Pescadores do Cabo. Ele teve fratura na coluna, passou por cirurgia no Hospital da Restauração (área central do Recife), fez drenagem no tórax para controlar uma hemorragia e não sente os membros inferiores. “Fomos informados de que há possibilidade de ele ficar paraplégico”, declara Edna Gomes. A prefeitura está prestando assistência às famílias das vítimas.

ENTERRO

Morreram no acidente Gilberto Balbino Neto, 12; Alisson Barbosa de Souza, 22; e José Vicente da Silva, 47. Todos estavam na sorveteria. José Vicente, que morava no Recife, será sepultado em Nazaré da Mata. O enterro das outras vítimas, que viviam no Cabo, está marcado para a tarde deste domingo (6) no Cemitério São José, no município.

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