'Ela está com nojo dela', diz tia sobre vítima de estupro na UPA

Médico teria abusado de jovem de 18 anos na UPA da Imbiribeira
JC Online
Publicado em 22/02/2018 às 16:59
Médico teria abusado de jovem de 18 anos na UPA da Imbiribeira Foto: Foto: Divulgação


Uma jovem de 18 anos prestou queixa de estupro, na noite desta quarta-feira (21), acusando um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, de ter cometido o crime. O suspeito foi identificado, afastado da função pela Secretaria de Saúde e o inquérito foi instaurado. 

O abuso

Em entrevista para a TV Jornal, a tia da vítima relatou que a garota teria procurado o atendimento após sentir fortes dores do braço, consequência de uma queda. A consulta aconteceu normalmente, até o momento em que o médico teria pedido para as duas pessoas que estavam na sala para se retirarem e ter ficado sozinho com a menina.

"Ele perguntou se ela tomava pilula anticoncepcional e ela disse que sim. Daí, ele começou a bulinar. Depois, pegou um lençol, limpou ela como se não tivesse acontecido nada, vestiu a roupa, mandou tomar medicamento e pronto (sic)", conta.

Segundo a tia, a jovem não pegou a alta para não encontrar com o médico de novo e foi direto para casa. "Ela tá se sentindo com nojo dela, tá com medo de que alguém aponte ela dizendo que foi culpa dela", explica.

Confira entrevista completa para TV Jornal:

 

Relembre o caso

Após denúncia de estupro dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, a direção  identificou o suspeito de cometer o crime e o afastou das atividades, na manhã desta quinta-feira (22). Segundo a vítima, uma jovem de 18 anos, o ato aconteceu durante atendimento em um dos consultórios.

O acusado foi apontado pela mulher como um médico traumatologista que estava de plantão. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde esclareceu que a vítima "foi encaminhada do IML para o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, localizado no bairro de Casa Amarela".

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), confirmou o afastamento de um médico e informou que abriu sindicância para apurar o caso.

O inquérito foi instaurado e tem um prazo legal de 30 dias, podendo ser prorrogado. A investigação é sigilosa.

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