A cúpula do relógio da Faculdade de Direito do Recife (FDR), que havia apresentado problemas estruturais na semana passada, foi retirada totalmente por um guindaste no final da tarde deste domingo (25). Durante uma inspeção no dia 14 de novembro, engenheiros haviam detectado que essa peça, denominada marinete, havia se oxidado e sofrido uma inclinação, causando o risco de se desmembrar da torre. Com a conclusão da retirada da cúpula, o acesso à faculdade pela Rua do Riachuelo, que estava interditado, será liberado a partir dessa segunda-feira (26).
As aulas da FDR, onde funciona o Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), chegaram a ser suspensas no dia 14 e só foram normalizadas nessa segunda-feira (19). Mas uma área da faculdade permaneceu interditada, que contemplava quatro salas de aula, a sala do diretório acadêmico, dois banheiros, a biblioteca de acesso aos alunos e a Biblioteca de Obras Raras.
Já havia um projeto licitado e executado para a reparação da torre do relógio da FDR. A ordem de serviço para o início das obras por parte da empresa vencedora da licitação, a JML Engenharia, inclusive, saiu desde a semana passada.
Porém, com a identificação da inclinação do marinete, foi necessária uma obra emergencial para a retirada da peça, que se iniciou na manhã desse sábado (24). Ela consistiu na retirada da peça e a cobertura do buraco para evitar a entrada de água na torre.
De acordo com o engenheiro Jorge Passos, autor do projeto de restauração da Torre do Relógio, a construtora dará início a etapa de restauração nessa semana. A obra envolve, além da torre, a reposição de uma nova cúpula e também reconstituição da fachada da faculdade.
"O projeto de restauração mapeou todos os danos e era suficientemente estáveis para suportar o início das obras de restauração e assim foi feito. Essa peça oxidou, não se tinha acesso a ela pela altura, então não tinha como estabelecer o grau de oxidação que havia. Ela entrou em colapso antes das obras de restauração", explica Jorge Passos.