Entrevista

'Vi que estava ensanguentada e dei dois gritos', diz jovem escalpelada em kart

Pernambucana Débora Esthefany Dantas de Oliveira falou com o Fantástico nesse domingo

JC Online
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Publicado em 25/08/2019 às 23:44
Foto: Cortesia da família
Pernambucana Débora Esthefany Dantas de Oliveira falou com o Fantástico nesse domingo - FOTO: Foto: Cortesia da família
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Em entrevista exibida na noite desse domingo (25) no programa Fantástico, da TV Globo, a auxiliar de professora Débora Esthefany Dantas de Oliveira, de 19 anos, deu detalhes de como aconteceu o acidente em que perdeu o couro cabeludo, no último Dia dos Pais, em um kartódromo na Zona Sul do Recife.

“Eles me orientaram, falaram algumas regras, coisas simples”, disse sobre o momento em que entrou no carro. Logo após a largada, ela bateu nos pneus que protegem a pista. Depois, outra batida. Na terceira, sentiu que algo tinha dado errado. “Eu tava sentada e sentiu um puxão para trás. Tirei o cinto, me levantei e vi que estava toda ensanguentada. Dei dois gritos”.
Foi a própria Débora que conseguiu coordenar o próprio atendimento. “Não senti dor, isso porque a parte do couro que foi arrancada também levou o sistema nervoso. Perguntei se o meu noivo já tinha chamado a ambulância”. O noivo de Débora, Eduardo Tumaján, confirma a história. “Era ela que estava me acalmando”.

Logo após o acidente, ela foi encaminhada ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife, onde foi submetida a uma cirurgia de reimplante do couro cabeludo. O procedimento não deu certo, e ela precisou ser removida para a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde existe um hospital especializado em microcirurgia reconstitutiva.
Débora foi submetida a três procedimentos, o último, no sábado, durou sete horas e foi considerado um sucesso. De acordo com médico Daniel Lazo, a cirurgia consiste no transplante de um segmento de músculo das costas, com artérias e veias, para a região do crânio. Segundo ele, a auxiliar de professora precisará de uma prótese capilar.

Débora finalizou dizendo que o que aconteceu foi uma fatalidade, mas tem que seguir em frente e tomar como experiência. A jovem planeja estudar medicina – “Isso aqui (o tempo no hospital) é o primeiro período do curso”, disse, em tom bem humorado – e casar com Eduardo. “Eu quero me dedicar a ajudar as pessoas”, completou.

O CASO

Segundo familiares da vítima de escalpelamento, ela havia ido ao local pela primeira vez para se divertir com o namorado e usava todos os equipamentos de segurança. O casal pagou R$ 100 para dar 22 voltas na pista, mas na segunda o cabelo de Débora saiu do capacete e ficou preso ao motor do kart, que estaria sem proteção.

Os familiares da jovem ainda afirmaram que o estabelecimento não prestou socorro à auxiliar de ensino infantil. Após o acidente, o couro cabeludo dela foi colocado em uma sacola e entregue ao namorado da jovem, que a levou para o Hospital da Restauração.

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