Oficinas, sessões de cinema, música, teatro e exposições marcaram a terceira edição do Domingo na Fundaj, que ocorreu neste domingo (8), no Derby. As atividades integram as comemorações do 170º aniversário de nascimento de Joaquim Nabuco e dos 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e reuniram dezenas de visitantes na instituição, a maior parte deles crianças. Na ocasião, houve a abertura da exposição Tempo de Nabuco, que conta a história do político, diplomata e historiador pernambucano e leva até o público objetos e documentos que nunca haviam sido expostos, como cartas e diários pessoais.
“Nós acreditamos que o tempo de Nabuco é sempre atual. Nabuco traz o seu pensamento do século 19, do início do século 20 para o presente e o joga para o futuro, porque ele é de uma perspicácia, de uma atualidade extraordinária. Quando ele fala sobre globalização, sobre inovação, sobre educação, sobre aquela mancha tão terrível da nossa história que foi a escravidão, sua luta maior como pensador e como homem público. E nessa exposição a gente resume tudo isso”, afirmou Betty Malta, coordenadora de Documentação e Pesquisa da Fundaj.
Ladeado pela secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscilla Gaspar, pela diretora de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio à Pessoa com Deficiência do Ministério da Educação, Nídia Regina, e pela secretária de Modalidades Especializadas de Educação do MEC, Ilda Ribeiro Peliz, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, ressaltou a importância de aproximar a instituição da população e, por isso, fazer com que a sua estrutura possa ser utilizada por todos, inclusive por portadores de deficiência. “Estamos aqui com toda uma programação para a criança e para a juventude e inaugurando um programa de acessibilidade na fundação com diversas atividades e programas. Um dos pilares da nossa gestão será a acessibilidade. Iremos ampliar os programas que existem no cinema e no museu para todas as áreas da fundação”, declarou.
Entre as atividades realizadas durante o dia, oficinas de vitrais, de fantoches, de pegadas policromadas, Twister (jogo que trabalha a coordenação motora dos participantes) e contação de história com teatro de mamulengos, por exemplo. Durante a tarde, houve a exibição dos filmes Eu, Um Negro, de Jean Rouch, e Auto da Compadecida, dentro das sessões Índigo e Lumiar, acessíveis para portadores de necessidades especiais. “O Domingo na Fundaj é um trabalho que a gente adora fazer. Começamos a elaborá-lo com aproximadamente dois meses de antecedência, escolhemos o tema, todos os setores colocam suas ideias, é um dia que agrega a todos, não só as pessoas que nunca vieram à Fundaj, mas a nós também. É um trabalho muito gratificante”, pontuou Ana Farache, diretora interina de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj.
A coordenadora de cobrança Juliana Colli levou a filha Ana Júlia, de 7 anos, para participar da programação do Domingo na Fundaj. A pequena participou da oficina de pintura, Twister e disse que gostaria também de fazer a de Bonecas Abayomi. Para a mãe, momentos como esse são fundamentais para o desenvolvimento da menina. “Ela adora se expressar artisticamente. Faz aulas de frevo, conservatório de música, balé. É maravilhoso que ela possa, também nos fins de semana, exercer a criatividade com atividades tão lúdicas”, relatou.