O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Pernambuco (SINPRF–PE) encaminhou um documento à Superintendência da PRF, na segunda-feira (2), solicitando a suspensão parcial do “bafômetro”, durante abordagens policiais. O pedido acontece meio ao surto de coronavírus no país. Em entrevista ao programa Passando a Limpo desta terça-feira (3), o diretor do SINPRF-PE, Thiago Arruda, explicou que a iniciativa visa utilizar o teste do bafômetro apenas quando os condutores apresentarem sinais de embriaguez.
“O ideal para esse momento não é suspender os testes do etilômetro, mas apenas deixar para os casos onde haja evidências ou sinais de que o condutor fez o uso de bebida alcoólica e está dirigindo. O procedimento lida com a tecnologia dos etilômetros passivos, onde o aparelho capta o ar do ambiente. Com isso, a gente tem uma exposição mais do que necessária para a atividade do policial rodoviário federal. Nossa preocupação é que, com esse contato excessivo, o policial não venha a ser um vetor da doença dentro da sociedade”, detalhou.
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De acordo com Thiago, a medida surgiu por causa dos policiais que atendem o público externo estarem mais expostos. "Nesse momento de surto e voos internacionais, a gente entende que a fiscalização educativa daquele condutor que evidentemente não apresenta sinais de embriaguez, ela pode, em nome da segurança sanitária, ser suspensa."
Outra alternativa para esse cenário seria, segundo o diretor, a concessão de equipamentos necessários para que o teste seja feita com segurança tanto para o usuário como para o policial. A falta de materiais de trabalho adequados, como luvas e máscaras N95, impede que os policiais utilizem o etilômetro de forma segura, de acordo com Thiago.
"Esses equipamentos já deveriam serem utilizados e não estão sendo. Mesmo assim, os policiais continuam trabalhando e aplicando os testes de etilômetro. No nosso ofício, solicitamos esses equipamentos de proteção individual para que o trabalho não seja descontinuado.", explica. Ele afirma também que até que seja possível conseguir o material, levará muito tempo, inclusive pela inflação seccional que encarece esses produtos.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.