Olinda abre oficialmente o Carnaval nesta quinta-feira

No palco, a força, a voz, o talento e a pegada de artistas genuinamente “das Olinda”, como Karina Buhr, Fábio Trummer e Alceu Valença
Ciara Carvalho
Publicado em 19/02/2020 às 18:45
No palco, a força, a voz, o talento e a pegada de artistas genuinamente “das Olinda”, como Karina Buhr, Fábio Trummer e Alceu Valença Foto: Foto: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem


Uma abertura oficial com forte DNA olindense. É o que promete a festa de largada para a folia de Momo na Cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. No palco, a força, a voz, o talento e a pegada de artistas, grupos e blocos que são genuinamente “das Olinda”. Quem não nasceu na cidade, é filho de adoção. Com as ladeiras históricas, faz tempo, gerando na mais alta temperatura, a noite desta quinta-feira (20) é para sacramentar o que todo mundo já sabe: até a Quarta-Feira de Cinzas só se respira Carnaval na Cidade Alta.

A farra começa no final da tarde, lá pelas 17h30, com uma roda de capoeira, jogada em frente ao prédio da Prefeitura de Olinda, na Rua de São Bento. Tudo a ver com o espírito da folia, já que a capoeira, além de inspirar vários passos de frevo, faz parte da tradição cultural da cidade. Esquente feito, quem pede passagem é, nada mais, nada menos, que a Sua Majestade, o Homem da Meia-Noite. O calunga mais amado e reverenciado do Carnaval comanda o cortejo, saindo da prefeitura, passando pela Pitombeiras, até chegar à Praça do Carmo, onde está montado o palco de abertura oficial da folia.

É lá que o grupo A Cocada, movimento cultural que nasceu no bairro do Amaro Branco e ganhou o mundo, apresenta toda a diversidade de ritmos que o grupo produz, do coco a rumba, do frevo ao maracatu. Com a turma já embalada, por volta das 20h30, sobe ao palco a Orquestra de Frevo Henrique Dias, acompanhada de convidados que carregam a cultura olindense na veia. Karina Buhr, Fábio Trummer, Flaira Ferro e Urêa. Depois dessa turma toda, quem assume o comando é o artista nascido e criado no bairro de Rio Doce Marrom Brasileiro. É ou não a olindensidade nos mais altos decibéis?

“Essa vai ser uma das aberturas do Carnaval mais genuínas da nossa cultura. Isso foi feito de caso pensado. É para mostrar as qualidades artísticas e culturais de Olinda para o mundo, em toda a sua essência”, destaca o secretário de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda, João Luiz da Silva Júnior.

Nessa toada, a quem mais caberia a responsabilidade de encerrar, lá pelas 23h30, uma noite com sotaque tão local? Ele mesmo, o bicho maluco beleza, Alceu Valença. Já virou uma marca. Faz mais de dez anos que o artista, morador dos Quatro Cantos, comanda o último show da noite de abertura da festa em Olinda. “É uma relação tradicional. Como Alceu é um ícone do Carnaval e da nossa cultura, a gente se sente honrado e orgulhoso com essa deferência que ele faz com o povo de Olinda”, comemora João Luiz.

CARNAVAL DE RAIZ

O secretário explica que a presença maciça de artistas da terra será marcante não só na abertura da festa, como em todo o Carnaval da cidade. “De todas as atrações, 80% são de artistas de Olinda, 19% são de Pernambuco e apenas 1% são atrações nacionais. E mesmo os artistas que dialogam nacionalmente, como Otto, Lirinha, Nação Zumbi e Lenine, têm os dois pés fincados no Estado.”

Animado com a movimentação de foliões nas prévias carnavalescas, João Luiz acredita que haverá um público recorde na abertura hoje à noite. A estimativa é de que cerca de 100 mil pessoas participem da festa. “A prefeitura observou um aumento de 10% na quantidade de foliões circulando pela cidade durante as prévias. No ano passado, contabilizamos 3,4 milhões de pessoas em todo o Carnaval, considerando da quinta até a terça-feira”, explica o secretário. Para este ano, o otimismo é ainda maior. Levando em consideração a movimentação hoteleira, agências de viagem e de todo o trade turístico, a gestão prevê uma circulação próxima de 4 milhões de pessoas. Como se vê, o Carnaval promete.

PROGRAME-SE

Confira as atrações do Pátio do Carmo

Quinta-feira (21)

16h - Ana Lúcia (coco)
17h – Banda Pinguim
18h – Maria Clara
19h – Getúlio Cavalcanti
20h - Márcio Oliveira
21h - Dudu do Acordeon
22h - Big Band à Nordestina
23h - Almir Rouche

Sábado (22)

16h – Coco de Seu Mané
17h - Ed Carlos
18h - Orquestra Contemporânea
19h - Mombojó
20h - Armandinho e Bia Villa-Chan
21h - Café Preto
22h - Otto

Domingo (23)

16h - Mestre Lua
17h - The Raulis
18h - Junior Chumbago
19h - Ska Maria Pastora
20h - Capim Santo
21h - Maciel Salú
22h - Eddie
23h - Paralamas do Sucesso

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